Estudantes e professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizaram, na manhã de quinta-feira (28/03), um evento para debater a “reforma” da Previdência, no Departamento de Psicologia. Após apresentação cultural, a Associação de Professores da Universidade Federal do Paraná (APUF-PR) realizou uma exposição sobre a proposta apresentada pelo governo Bolsonaro, em que denunciou a semelhança desta com a “reforma” aplicada no Chile durante o regime de Pinochet, que teve como um de seus auxiliares o próprio Paulo Guedes, encarregado de aplicá-la no Brasil.
Hoje, no Chile, cerca de 80% dos aposentados recebem menos de 1 salário mínimo, o que contribui para o alto índice de suicídio da população nessa faixa etária. Os defensores da “reforma” visam encobrir a parcela que o governo tira da seguridade social, por meio da Desvinculação de Receitas da União (DRU), para gastar onde quiser, além da absurda sonegação da arrecadação promovida pelas grandes empresas e bancos, apresentando um “rombo” na Previdência.
Aproveitando a ocasião, a Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (EXNEPe), em sua intervenção, ressaltou a importância do dia 28 de março, Dia do Estudante Combatente, e relembrou a morte de Edson Luís, convocando todos os presentes a seguirem o exemplo de combatividade dos estudantes que lutaram contra o regime militar.
Durante o debate, estudantes e professores aprofundaram a análise da situação política nacional, denunciando o golpe militar contrarrevolucionário em curso no país e a cada vez maior centralização do poder no executivo. Ficou evidenciada nas falas a necessidade de barrar a “reforma” da previdência, assim como todos os ataques perpetrados pelo governo militar Bolsonaro contra os trabalhadores, por meio de uma vigorosa Greve Geral de Resistência Nacional.