PR: Expressivo boicote às eleições em Ponta Grossa revela insatisfação da população farsa eleitoral

Os dados mostram que apenas as abstenções (62 mil) já superam o primeiro lugar do primeiro turno com 51 mil votos.
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PR: Expressivo boicote às eleições em Ponta Grossa revela insatisfação da população farsa eleitoral

Os dados mostram que apenas as abstenções (62 mil) já superam o primeiro lugar do primeiro turno com 51 mil votos.

De acordo com dados do site do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) os resultados do primeiro turno das eleições municipais em Ponta Grossa mostram crescimento elevado da abstenção se comparados às eleições de 2016. Com quase 24% de abstenções, a cidade demonstra um aumento expressivo de abstenções se comparado com pouco mais de 9% em 2016.

Surpreendentemente, houve um aumento de quase 1% se comparado com as eleições de 2020. Vale ressaltar aqui que a ameaça da pandemia de COVID-19, intensificada pelas ações do governo genocida de Jair Bolsonaro, foi fator importante para o aumento das abstenções em 2020, portanto o aumento de 1% desde então na verdade é muito mais expressivo do que se mostra à primeira vista.

Os dados mostram que apenas as abstenções (62 mil) já superam o primeiro lugar do primeiro turno com 51 mil votos. Se somados os brancos (6,5 mil) e os nulos (6,4 mil) são mais que 74 mil pessoas que se recusaram a votar em qualquer candidato da velha ordem, número quase 50% maior do que o primeiro lugar.

Mesmo com as velhas estratégias de enganar o povo, como obras de tempo de eleição (que a princípio serviram apenas para bloquear ruas temporariamente e atrasar a vida dos trabalhadores), as promessas vazias de candidatos oportunistas prometendo saúde e educação e transporte, e a estapafúrdia estratégia do Burger King de oferecer batatas fritas de graça para quem votasse, o boicote expressou a indignação com todos os problemas que só se acumulam ano a ano e são enfrentados com as lutas que também crescem ano a ano.

Desde as greves universitárias na UEPG até a greve na UPA Santa Paula, até as manifestações contra o novo ensino médio, a PL do Estuprador e a ocupação da Prolar. Exemplos de que o rechaço à farsa eleitoral cresce nas mesma medida que as lutas populares combativas pelos direitos do povo.

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