Na tarde do dia 5 de julho, o jovem de 25 anos Victor Hugo Fernandes foi executado em Sertanópolis, Paraná, por um policial militar. Em entrevista ao AND, os familiares da vítima afirmam que o caso se tratou de execução sumária e denunciam a tentativa da PM de camuflar o crime como resultado de “confronto”.
Victor foi vítima de ao menos oito tiros, sendo dois em seu rosto, além de golpes físicos no corpo e facadas, sinais muito comuns em vítimas de execução. Além disso, segundo relatos ao AND, os policiais abordaram Victor dentro de uma casa e permaneceram com ele por dez minutos antes do assassinato.
Segundo a família, o jovem era vítima de perseguição do policial que o assassinou há tempos. A perseguição foi iniciada quando o policial prendeu Victor sob acusações de tráfico, com drogas que o próprio militar plantou na vítima. Quando assassinado, Victor estava foragido da prisão arbitrária em regime semiaberto.
Além do assassinato, a família enfrenta a difamação por parte da imprensa local, que acusa o jovem assassinado de ser chefe do tráfico da região. A família desmente a versão e afirma ainda que Victor precisava de ajuda dos irmãos para se manter: “Que traficante é esse que depende dos irmãos?”, questionam.
Um familiar entrevistado pelo AND, denuncia ainda ameaças, perseguições e intimidações à família. Apesar disso, os familiares ressaltam que estão decididos a lutar por justiça contra a execução de Victor. “Não tenho o que temer. O que tivermos que fazer, vamos fazer”, afirmou um familiar de Victor. “Sabemos que não foi confronto e vamos buscar a justiça”, concluiu a família.