PR: Grandioso ato político-cultural em celebração aos 20 anos do AND é realizado em Curitiba

PR: Grandioso ato político-cultural em celebração aos 20 anos do AND é realizado em Curitiba

O mote “Viva os 20 anos do Jornal A Nova Democracia! Viva a imprensa popular e democrática!” recepcionou todos que compareceram ao evento. Foto: Banco de Dados AND.

No último dia 27 de outubro o Anfiteatro 100 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Edifício D. Pedro I, recebeu um estrondoso e sonoro ato político-cultural que fez ressoar no coro de mais de 90 pessoas saudações efusivas e entusiasmadas aos 20 anos do Jornal A Nova Democracia – importante farol para os democratas e revolucionários de todo o Brasil. O evento foi organizado pelo Comitê de Apoio ao AND de Curitiba/PR e contou com a presença de dezenas de jovens, trabalhadores, estudantes, professores e de diversas organizações democráticas.

Bandeiras com os dizeres “Nova Democracia” e “Viva a LCP!”. Foto: Banco de Dados AND.

Estiveram presentes representantes do Comitê de Solidariedade Popular da Vila Torres (CSP-VT), Comitê Sanitário de Defesa Popular de Pinhais (CSDP-Pinhais), Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo), Associação Brasileira dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta (Abrapo), Movimento Feminino Anita Garibaldi (MFAG), Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe), Alvorada do Povo (AP), Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR), Grupo de Estudos Alípio de Freitas (GEAF), Centro Acadêmico de Filosofia Alexandre Vannucchi Leme (CAAVL) da PUCPR e Diretório Acadêmico de Letras (DAL) da UTFPR.

Bandeiras da AP, ExNEPe, CSP-VT, Cebraspo e Palestina, além de faixa com a consigna “Abaixo o Estado genocida de Israel! Viva a resistência do povo palestino!”. Foto: Banco de Dados AND.

Houve também a presença de importantes personalidades democráticas, tais quais o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) Ualid Rabah, o professor e escritor Otto Leopoldo Winck e o jornalista Gladimir Nascimento. Para compor a mesa, foi convidado o histórico membro do Comitê de Apoio, músico e professor do Instituto Paranaense de Cegos (IPC) Luiz Alberto Amorim de Freitas.

PARA UM COMEÇO ELEVADO… A INTERNACIONAL!

O ato teve início às 19:00 com a apresentação da mesa, composta por um represente do Comitê de Apoio ao AND de Curitiba/PR e pelo músico Luiz Amorim. Antes de sentar-se, Luiz interpretou o hino do proletariado em todo o mundo, A Internacional, em seu violino, cujo harmonioso som foi somado às dezenas de vozes da plateia, que ressoaram por toda a Universidade.

Mesa composta por Luiz Amorim e representante do Comitê de Apoio. Foto: Banco de Dados AND.

Posteriormente, o representante do Comitê de Apoio redigiu uma fala sobre o importante papel cumprido pelo AND em seus 20 anos de história, denunciando os atentos do velho Estado burguês-latifundiário serviçal do imperialismo, principalmente norte-americano, contra o povo brasileiro. Apontou que, mesmo com as trocas de gerentes de turno – desde a suposta “redemocratização” da “Constituição Cidadã” até o governo oportunista de Luiz Inácio e Dilma Rousseff e, por fim, a degeneração geral do ultrarreacionário Jair Bolsonaro –, o Estado brasileiro sempre manteve o modus operandi de perseguir e criminalizar as lutas do povo no campo e nas cidades. Frisou-se também que, para além das denúncias, essa heroica tribuna popular, democrática e independente nunca dobrou sua linha editorial, que consiste em apoiar e desfraldar a organização popular, classista e combativa como a única solução para a construção de um Brasil Novo.

O microfone foi passado a Luiz Amorim, que iniciou contando sua história de modo bastante emocionante e inspirador, expressando sua alegria com a permanência do AND ao longo de 20 anos e com a continuidade do trabalho do Comitê de Apoio. Relembrou das batalhas travadas ao longo das duas décadas de editoração desta tribuna e chamou a juventude à luta. Também frisou a importância da atenção que o AND sempre demonstrou com as pessoas com deficiência (PCD), expondo seu caso enquanto musicista cego, apoiador de longa data e histórico integrante do Comitê de Apoio ao AND de Curitiba/PR.

Exibição da mensagem do diretor geral provisório do AND. Foto: Banco de Dados AND.

Após as vigorosas falas da mesa, foram realizadas belas homenagem, com a exposição de vídeos, a alguns dos fundadores do AND: ao seu histórico diretor geral Fausto Arruda, licenciado por questões de saúde, e ao recém falecido incansável revolucionário José Maria Galhasi. Também foi exibido o recado enviado pela célebre democrata Guadalupe Magalhães, viúva do grande Alípio de Freitas, ressaltando a importância e independência do AND. Outra importante mensagem foi a de Victor Costa Bellizia, diretor geral provisório do AND, que enviou saudações ao Comitê de Apoio e a todos os apoiadores da imprensa popular e democrática.

UMA GRANDE HOMENAGEM POPULAR!

No Anfiteatro, tremulavam as bandeiras de diversas organizações democráticas que ali faziam-se presentes. Também se expunham enormes faixas com as consignas “Morte ao latifúndio! Viva a Revolução Agrária!”, “Abaixo o Estado genocida de Israel! Viva a resistência do povo palestino!” e “Viva os 20 anos do Jornal A Nova Democracia!”. Após a leitura de um poema escrito pelo representante do Diretório de Letras da UTFPR, deu-se início às intervenções de democratas, entidades e organizações.

Bandeiras da UV-LJR e AP. Ao fundo, faixa exaltando os 20 anos do AND. Foto: Banco de Dados AND.

Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), evocou fortemente a importância de tomar a luta combativa como o único caminho para a superação das mazelas dessa velha sociedade. Disse que, enquanto democratas e defensores da luta dos povos oprimidos contra seus exploradores, somos todos acometidos pela mesma enfermidade: “a doença das pernas que não se cansam e das vértebras que não se curvam”. Citando a grande escritora e jornalista Rosana Bond, Ualid relembrou o papel do AND em defender desde sempre a heroica e histórica luta do povo palestino, bem como em denunciar o genocídio, o apartheid e a limpeza étnica conduzidos pelo Estado sionista e reacionário de Israel.

Intervenção de Ualid Rabah, presidente da FEPAL, exaltando a heroica resistência do povo palestino. Foto: Banco de Dados AND.

Também houve falas do Comitê de Solidariedade Popular da Vila Torres (CSP-VT) e do Comitê Sanitário de Defesa Popular de Pinhais (CSDP-Pinhais) frisando a destacada função do AND em proporcionar o debate político nessas comunidades, seja em reuniões, assembleias de bairros ou brigadas. Relembraram idem que o AND defendeu, durante a pandemia de COVID-19, a organização popular como a única solução para resolver os problemas advindos da crise sanitária e do descaso genocida do velho Estado brasileiro para com a população.

Bandeiras do CSP-VT, do Cebraspo e da Palestina perfiladas. Foto: Banco de Dados AND.

Logo após, o professor e escritor Otto Leopoldo Winck, autor do romance “Que fim levaram todas as flores” e diversas outras obras, frisou achar essencial que a juventude tomasse o ímpeto combativo demonstrado durante o evento, assim como fez a leitura de duas poesias – sendo uma de sua própria autoria. Em seguida, o jornalista Gladimir Nascimento relembrou dos anos em que trabalhou para a imprensa burguesa e como hoje a repudia por todas as mentiras que produz, agradeceu profundamente ao AND por manter-se firme e fiel quanto a seus princípios, afirmando ser a única tribuna que ainda lê atualmente.

Professor e escritor Otto Leopoldo Winck. Foto: Banco de Dados AND.

Jornalista Gladimir Nascimento, entusiasta defensor do AND. Foto: Banco de Dados AND.

Jornalista Gladimir Nascimento. Ao fundo, bandeiras do MFAG, UV-LJR e AP perfiladas. Foto: Banco de Dados AND. 

Outro instante marcante foi a leitura da nota “Viva os 20 anos de resistência do AND!”, emitida pela Comissão Nacional da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), afirmando que “o AND é o único que nunca temeu apontar o latifúndio como a principal chaga desta semicolônia semifeudal, sustentáculo desse capitalismo burocrático anacrônico e da subjugação nacional, e tem sido a trombeta da Revolução Agrária”.

Nota da Comissão Nacional da LCP sendo lida para o público. Foto: Banco de Dados AND.

Todos esses momentos, bem como as intervenções das demais entidades democráticas supracitadas, foram conjurados com palavras de ordem que estremeciam o Anfiteatro. Por fim, houve um momento cultural com a apresentação dos cantores populares Guego Favetti e Dora Urban – participantes do podcast “Voltaremos mais fortes e mais preparados” em apoio à LCP, publicado em meados de 2022. Posteriormente, juntaram-se a eles demais integrantes da banda Partigianos, cujas canções revolucionárias interpretadas – dentre elas Bella Ciao e En La Plaza, históricas músicas de resistência popular – inflaram o coração de todos os presentes.

Músicos populares Guego Favetti e Dora Urban. Foto: Banco de Dados AND.

Durante todo o evento, foi realizada a venda de exemplares da Edição Especial 249, livros e quadros feitos por integrantes do Comitê de Apoio. Antes do fim desse vibrante ato político-cultural, gritos e palavras de ordem reforçaram o caráter democrático do AND, saudando as duas décadas de resistência e luta dessa tribuna popular: “Não leia, não leia, jornal da burguesia! Leia o Jornal A Nova Democracia!”.

Banca de vendas do Comitê de Apoio. Foto: Banco de Dados AND.

Banca de vendas do Comitê de Apoio. Foto: Banco de Dados AND.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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