Foto: Reprodução/Redes sociais
Moradores do bairro Tatuquara, em Curitiba, Paraná, denunciaram um caso de violência policial ocorrido no último dia 18 de outubro. De acordo com familiares, o jovem Matheus Gmach, de 16 anos, foi obrigado pela Polícia Militar a ingerir 16 cápsulas de cocaína que estavam em posse dele e de outros dois menores.
Segundo um dos irmãos da vítima, um dos menores que acompanhava Matheus jogou a droga no chão, e os policiais intimaram o jovem a ingerir todas as cápsulas para não ser preso. Após chegar em casa, conforme relato de sua irmã, o adolescente desmaiou e teve uma parada cardíaca. Foi encaminhado a um hospital, onde foi reanimado, mas faleceu no dia seguinte em função de outras sete paradas cardíacas.
Na noite do dia 22, familiares e moradores do bairro se reuniram para protestar contra a truculência policial, prática que já faz parte da rotina dos patrulhamentos da Polícia Militar, principalmente nos bairros mais pobres da capital paranaense. Houve trancamento de uma rua e queima de objetos numa barricada. Diversos cartazes foram exibidos exigindo justiça e questionando o real papel da polícia.
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A Polícia Militar limitou-se a dizer que abriu um inquérito para investigar e remanejou os policiais para patrulhamento em outras regiões.
PRÁTICA COTIDIANA
Recentemente, grandes protestos ocorreram no bairro Parolin, conforme noticiado pelo AND. As manifestações por conta da execução de quatro jovens pela PM num suposto “confronto” assumiram caráter combativo, com trancamento de ruas e barricadas de pneus em chamas. Segundo a população, as armas encontradas com os jovens teriam sido plantadas pelos policiais para justificar uma suposta troca de tiros que, de acordo com testemunhas e registros de câmeras, não aconteceu.