Na última sexta-feira (21/3), por volta das 18h, manifestantes se concentraram na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, e exigiram o fim da violência policial. O ato realizado no “Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial” e convocado por movimentos sociais é uma relevante expressão da indignação popular contra os recentes assassinatos cometidos pelas forças policiais e que contam com o financiamento do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD).
Em frente a um mural de fotografias, os manifestantes fizeram discursos inflamados contra as execuções cometidas pela Polícia Militar e o genocídio que ocorre com o povo palestino na Faixa de Gaza. Os manifestantes também seguravam cartazes e brandavam palavras de ordem, se podia ler “Justiça por Wender e Kelvin” em um deles, ambos foram cruelmente executados por policiais militares no mês de fevereiro.
Um manifestante, ao ser entrevistado pelo correspondente local sobre qual era a importância da população sair às ruas diante dos casos de execução policial, declarou que “essa manifestação mostra a nossa força quando estamos unidos por um objetivo comum e que, unidos como no dia de hoje, podemos lutar contra esse Estado violento e racista que está aí”. Uma mensagem de otimismo de que, através da luta coletiva, é possível vislumbrar uma sociedade nova e justa.
A manifestação contra a violência policial em Curitiba, segue uma onda de protestos que tem acontecido em todo o Brasil. Destaque para as realizadas em Londrina, cidade onde a população em revolta bloqueou a BR-369 que liga diversas cidades da região, a fim de denunciar a morte dos jovens Wender Natan da Costa Bento e Kelvin William de Oliveira, que têm sido acompanhadas de perto e noticiadas pelo Jornal de AND.