Na manhã do dia 7 de outubro, no calçadão do centro de Londrina, a organização de familiares Mães de Luto em Luta, composta por familiares de executados pela polícia, realizou uma manifestação para denunciar o genocídio da juventude. A manifestação atraiu muito apoio de apoiadores e dos trabalhadores da cidade.
Durante a manifestação, vários membros do movimento e apoiadores se reuniram para panfletar e conversar com o povo sobre o genocídio da juventude na cidade e no Brasil e sobre a luta pela punição dos policiais assassinos, que sistematicamente encobrem seus crimes forjando flagrantes e montando cenas do crime de supostos “confrontos” entre eles e “bandidos”.
O movimento também convidou toda a população a assinar um abaixo-assinado em favor do uso de câmera nas fardas e viaturas policiais, que em grande parte aderiu e assinou, com o objetivo de diminuir o número de execuções na cidade.
A mobilização desafiou as proibições ilegais e arbitrárias da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), que proibiu a utilização de megafones e caixas de som no protesto. Para contornar as proibições, as mães e apoiadores divulgaram um grande número de panfletos e jornais aos trabalhadores. De acordo com os manifestantes, policiais à paisana do serviço P2 ficaram nos entornos da manifestação para mapear, observar e intimidar os participantes da mobilização. A ação não intimidou os ativistas e o movimento persistiu firmemente mesmo sob sol escaldante por toda a manhã de sábado coletando assinaturas e conversando com as massas locais.
O Comitê de Apoio – Londrina (PR) também marcou presença e prestou solidariedade e auxílio, panfletando os materiais do movimento e também vendendo a edição nº 253 de AND. Edições antigas também foram distribuídas com panfletos das mães anexados com grampos. Os brigadistas também angariaram muito apoio dos trabalhadores, que denunciaram a violência policial e concordaram com a linha apresentada pelo jornal.
Os integrantes do Mães de Luto em Luta demarcaram, como sempre, que não vão parar sua luta até obterem justiça e até o fim da matança da juventude.