PR: Manifestantes ocupam Alep para barrar projeto de privatização de 200 colégios estaduais

Os deputados ignoraram as exigências do protesto e manobraram para a votação ocorrer de forma remota, meio pelo qual aprovaram o texto no início da noite.
Milhares protestavam em frente à Alep. Foto: Lucas Botelho/Brasil de Fato

PR: Manifestantes ocupam Alep para barrar projeto de privatização de 200 colégios estaduais

Os deputados ignoraram as exigências do protesto e manobraram para a votação ocorrer de forma remota, meio pelo qual aprovaram o texto no início da noite.

Uma manifestação que reuniu milhares de professores em greve e estudantes no dia 3 de junho em Curitiba terminou com uma elevação na combatividade quando os manifestantes invadiram a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para interromper a votação de um projeto de lei que busca privatizar a administração de 200 escolas estaduais. O projeto é de autoria do governo estadual, de Ratinho Jr. (PSD). 

Os professores e estudantes marcharam da Praça Santo Andrade, em Curitiba, até à Praça Nossa Senhora de Salete, onde fica a Assembleia. Além de condenar o projeto, estudantes também protestaram contra medidas do governo federal, como o arcabouço fiscal. Eles se concentraram em frente ao prédio até que conseguiram entrar na Assembleia Legislativa e seguir até as galerias do plenário. 

Manifestantes foram até galerias do plenário da Alep. Foto: Reprodução/G1

Os deputados, por sua vez, ignoraram as exigências do protesto e manobraram para a votação ocorrer de forma remota, meio pelo qual aprovaram o texto no início da noite. Agora, os deputados estaduais precisam aprovar o projeto em segundo turno e encaminhá-lo para sanção do governo paranaense. 

A ideia do projeto é privatizar a administração escolar sob a falsa justificativa de que o gestor poderá então se concentrar nas funções pedagógicas. Os professores desmentem o projeto e afirmam que, com o setor financeiro nas mãos das grandes empresas da Educação, elevam-se os riscos de demissões e transferência de trabalhadores para outras escolas. 

O projeto também envolve um modelo específico de privatização, ainda mais benéfico aos grandes empresários. Nele, as empresas não compram seu papel na gestão, mas pegam o dinheiro público, investem o que julgam necessário na escola e ficam com as sobras como lucro. 

Os professores também deflagraram greve por tempo indeterminado no dia 3/6 contra o projeto. Na tentativa de desmobilizar o movimento, tanto o judiciário estadual quanto o governador reacionário taxaram a interrupção nas atividades de “ilegal”. 

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