No dia 4 de julho, moradores interditaram a BR-277 em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, exigindo o restabelecimento da energia elétrica na região. Para expressar sua revolta, os moradores atearam fogo em objetos para bloquear a via que ficou com o tráfego interrompido entre 15h56 e 17h03.
Em outra via, manifestantes interditaram totalmente o km 5 da PR-407, em Pontal do Paraná. Moradores também protestaram contra a falta de energia elétrica no local. A rodovia ficou interditada entre 13h34 e 14h48.
Moradores dizem que os protestos foram realizados porque desde o dia 30/06, quando houve o temporal com ventos fortes que causou estragos e deixou feridos em quase todo o Paraná, o local está sem energia.
Entre as manifestantes estava a moradora Juliana Aparecida da Silva, de 40 anos, que tem uma filha pequena que necessita de cuidados especiais. “Eu tenho uma filha cadeirante e faz uso do aspirador, tanto que ela está sem aspirar por causa da falta de luz e tive de levá-la em uma vizinha para fazer o procedimento. Você liga na tomada e aspira as secreções da boca e o nariz dela, aqui na minha rua que é a Antônio Leandro de Sousa, os fios foram arrebentados, liguei para a Copel e avisei que estávamos sem luz. Eles responderam que averiguariam e viriam até aqui. Vem gente ver, mas sempre dizem que um caminhão precisa vir até o local para resolver, e nunca vêm. Só enrolam a gente e estamos indo para o quinto dia sem luz, e caminhão nenhum da Copel vem ver”, reclamou bastante indignada com tamanho descaso sofrido.
Os moradores do protesto alegam que possuem protocolos de atendimento e que, por enquanto, não tiveram uma resposta exata da Copel. “Por isso fizemos o protesto hoje. Não é só minha filha, que é portadora de necessidades especiais, tem um outro rapaz na região que sofreu um acidente e precisa ser aspirado. O intuito é que a Copel resolva nossa situação e ligue nossa luz, pois dependemos dela e pagamos”, concluiu.
Moradores atearam fogo em objetos e interditaram a BR-277, em São José dos Pinhais. Foto: Banco de Dados AND