Recebemos na redação de AND registros fotográficos de pichações realizadas em Foz do Iguaçu (PR) em solidariedade às prisioneiras de guerra paraguaias, membras do Exército do Povo Paraguaio (EPP).
O Exército do Povo Paraguaio (EPP) fundado em 1º de março de 2008 se define como marxista-leninista e reivindica a autoria de inúmeras ações armadas contra latifundiários e as forças de repressão do velho Estado paraguaio.
Os prisioneiros de guerra do EPP tem resistido nas masmorras do sistema carcerário paraguaio e cumprido destacada função na emissão de declarações públicas da organização, tendo Carmem Villalba, como sua porta-voz.
Dentre as declarações da organização, destaca-se o pronunciamento de julho de 2017 por ocasião da celebração do Dia da Heroicidade, estabelecido pelo Partido Comunista do Peru (PCP) em homenagem à heroica resistência empreendida por centenas de prisioneiros de guerra em 1986.
Nesta declaração o EPP saúda os heroicos combatentes do PCP tombados em Lurigancho, Callao e na ilha do Frontón: “nós, prisioneiras e prisioneiros epepistas, tomamos seus exemplos e lutamos para fazer avançar a revolução.”. E afirmam: “Nós, prisioneiros, temos a obrigação de resistir e lutar contra toda a barbárie desatada nas prisões. Nossos verdugos especializam-se, são instruídos por repressores de outros países, põem-se em dia com os manuais de tortura aplicados em outros locais contra camaradas que também resistem em prisão.”.
Em janeiro de 2017, o EPP também emitiu importante comunicado rechaçando a onda capitulacionista capitaneada pela direção oportunista das Farc e reforçando a necessidade histórica da luta armada:
“Quando o povo pobre pede pão, terra, salário justo e educação, os ricos nunca escutam, mas se preocupam e pedem paz quando há guerrilha. Não há paz quando as tripas gritam. Não há paz quando não há salário digno. De fato, nem quando não há terra para cultivar. Sem justiça social não haverá paz. Que fique claro aos esfomeadores do povo. Que a paz será para todos ou para ninguém.
Aos juízes, fiscais, carcereiros e diretores das prisões, advertimos que são os responsáveis pela integridade física de nossos camaradas prisioneiros. Por todos os abusos e atropelos cometidos contra nossos companheiros e companheiras prisioneiros políticos, mais cedo que tarde, a justiça revolucionária cairá sobre vocês com todo seu peso. Nem o cargo que ocupam, nem a temporária proteção do governo lhes brindará ante as forças guerrilheiras.”