Foto: Agência Brasil/Reprodução
No final da tarde de 26 de abril, cerca de 150 indígenas, de cinco etnias diferentes (Assurini, Araweté, Xitaya, arara e Kayapó), bloquearam a rodovia BR-230 Transamazônica, em um protesto contra medidas da Norte Energia, responsável pelas atividades da usina de Belo Monte.
O bloqueio foi feito com quatro ônibus do Consórcio Norte Energias, e somente veículos identificados da empresa tiveram a circulação impedida. Outros veículos (como carros particulares, ônibus e caminhões) tiveram a passagem liberada de 30 em 30 minutos, de acordo com o cacique Leo Xitaya.
O bloqueio ocorreu em virtude da insatisfação dos povos com as novas empresas contratadas pela Norte Energia para executar atividades produtivas descritas no Plano Básico Ambiental – Componente Indígena (PBA-CI), estabelecido como “compensação” ao impacto ambiental da hidrelétrica.
Segundo o cacique, os indígenas não foram consultados durante a contratação das empresas e, apesar de terem mostrado seu descontentamento à Norte Energia, não tinham obtido respostas ou mudanças do Consórcio.
A resposta da associação (que não reiterou seu plano de contratação das empresas) foi de que “as empresas haviam vencido um processo de licitação realizado pela Norte Energia conforme práticas empresariais que melhor indicam a destinação dos recursos. O processo teria tido acompanhamento e fiscalização por seus acionistas”.