Grande faixa foi exposta pelos manifestantes durante a manifestação contra o aumento das passagens. Foto: Tami Taketani
Trabalhadores e estudantes fizeram uma ato no dia 4 de março contra o aumento das tarifas nos transportes públicos em Curitiba, capital do estado do Paraná. No dia 28/02 a tarifa aumentou de R$ 4,50 para R$ 5,50.
O ato foi convocado por estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e recebeu adesão de estudantes secundaristas e demais trabalhadores. Os manifestantes se concentraram na Praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense.
Na praça, os manifestantes denunciaram o criminoso aumento na tarifa argumentando que a passagem compromete a renda de todos os usuários, uma vez que terão que tirar o valor de outras despesas como alimentação, aluguel, luz, água e etc. Em um cenário de inflação galopante que acumula uma alta de 10,20% nos últimos 12 meses, o aumento de 22% nas passagens supera o aumento de 10,8% do salário mínimo para 2022.
Foram levados ao protesto diversos cartazes e faixas com denúncias. Uma grande faixa trazia os dizeres: Se a tarifa não baixa, Curitiba vai parar e R$ 5,50 é roubo! Os manifestantes também gritaram palavras de ordem como: Não é mole não, dormir com fome para pagar a condução! Os estudantes e trabalhadores saíram em passeata da Praça até o Terminal Guadalupe, onde continuaram a exigir a diminuição do preço da tarifa.
Cartaz denunciando aumento na passagem e repudiando o governador do Paraná, Rafael Greca (DEM). Foto: Tami Taketani
“A realidade é que estudantes não são só estudantes, são trabalhadores. A bolsa permanência dada pelo governo federal é de R$ 400, mais da metade será gasta com transporte. Esse dinheiro era para a compra de livros, materiais e isso é bem preocupante”, denunciou o estudante de pedagogia da UFPR, Lucas Gracia.
De acordo com os manifestantes, o aumento da tarifa afetará gravemente os estudantes da UFPR, pois 50% da massa estudantil é composta por cotistas e a renda de 70% dos alunos não passa de um salário mínimo. A todo o momento, os manifestantes reiteraram que não podiam ficar calados diante de mais um aumento de preços e que a única alternativa era lutar nas ruas.