Reeleita na farsa eleitoral de 2020, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) deixa um legado de descaso e falta de serviços básicos no fim de seu mandato como gestora de Pelotas (RS).
Mascarenhas foi apadrinhada pelo atual governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), conhecido como o responsável pelo crime de estado premeditado que acometeu o povo gaúcho no meio do ano.
Neste ano, o descaso da Prefeitura da cidade resultou, dentre outros problemas, na falta de estrutura para suportar a elevação do nível das águas em maio. Centenas de pessoas tiveram que ser deslocadas no episódio; muitas ficaram em abrigos, sem saber o estado das próprias casas.
Com o Estado inoperante frente ao crime, diversas organizações populares se uniram em uma campanha de solidariedade aos atingidos.
Ainda hoje, mesmo quatro meses após as enchentes, os problemas continuam, como as ruas não asfaltadas, que dificultam ou impossibilitam a locomoção dos moradores, como demonstrado por vídeos em redes sociais.
Juntamente a isso, por mais um descaso do velho Estado, parte da população não obteve acesso ao auxílio reconstrução mesmo entrando em contato com várias instâncias do Estado.
Outra herança deixada à cidade de Pelotas é o péssimo serviço de saneamento, classificado como um dos piores dentre as 100 maiores cidades em pesquisa de 2022. De acordo com o instituto Trata Brasil, a cidade está na posição de 88ª no ranking, já que apenas 21,96% da água consumida retorna tratada ao ambiente em Pelotas.
O serviço é realizado pela autarquia do Sanep, que durante a gestão Eduardo Leite em 2014 sofreu tentativa de privatização, fato que demonstra o longo projeto de sucateamento dos serviços públicos.
A prefeita governa a cidade desde 2017, dando continuidade a uma gestão de 11 anos pelo PSDB na cidade gaúcha. Agora, a sigla trocou Mascarenhas pelo representante da grande burguesia Fernando Estima.
