O movimento começou no Acre no início da semana e se espalha por outros estados, como no Mato Grosso, onde os detentos reivindicam melhorias no atendimento médico e dentário, cobram solução para a superlotação e pedem oportunidades de trabalho e estudo.
Nesta quarta-feira (08/11), detentos que aderiram à greve de fome no Complexo de Gericinó, em Bangu, Rio de Janeiro, já recusaram o café da manhã servido pela administração e os familiares não compareceram as visitas, apesar delas não terem sido suspensas pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). Como é sabido, a única alimentação de qualidade a qual os presos têm acesso provém das famílias nesses dias estabelecidos pela direção de cada presídio.
Comida rejeitada se acumula nos corredores do presídio
Os motivos da greve são por melhorias das unidades prisionais e condições carcerárias. Recebemos informações na Redação de AND que além de se recusarem a comer e receber visitas, os detentos grevistas também têm deixado de comprar nas cantinas, irem a cursos ou escolas (os que têm acesso a esse direito) e serem atendidos pelos Defensores Públicos.
A situação é preocupante, visto que, como temos publicado, as condições das penitenciárias brasileiras encontram-se cada vez mais precárias, com sucessivas mortes de presos causadas por insalubridade das próprias instalações das celas e falta de atendimento médico adequado.