Na última segunda-feira (03/06) cerca de 120 manifestantes se reuniram na Praça de Jucutuquara em Vitória – ES, entre eles, professores e estudantes. A manifestação faz parte de um dia nacional de lutas dos sindicatos presentes (Sinasefe e Andes). Ocorreram atos também em outros municípios como em Alegre e Aracruz.
O ato teve como objetivo expor as demandas dos professores e o descaso do governo federal com a pauta da educação pública, isso foi feito através de falas a partir de um microfone e um carro de som, que tiveram caráter reivindicativo de melhores salários, recomposição orçamentária e melhores condições de trabalho na área da educação. Foi denunciado o cinismo do governo de ter feito uma campanha baseada na melhoria da educação pública, enquanto não aceita as propostas dos grevistas e os tenta enganar com o golpe de assinar acordo com o sindicato marrom Proifes, passando por cima, assim, da representação dos sindicatos que compõem a greve.
O Novo Ensino Médio foi atacado como uma forma de manter a população pobre e periférica fora das universidades, e apontado que seu resultado causará um abismo na educação das classes pobres e empobrecidas em comparação com as mais ricas. Foi colocado também, por um manifestante, que apesar da recusa do governo em assinar um reajuste salarial, os funcionários do judiciário e as forças armadas continuam recebendo aumentos salariais enormes do governo.
Uma professora representante da Adufes seção sindical do Andes-SN, deixou clara a posição governista do DCE, gestão “Abre Alas”, que demonstrou seu caráter oportunista e traidor a causa dos grevistas, quando os membros da gestão “Abre Alas” na noite de 2 de maio de 2024, votaram contra a deflagração de uma greve estudantil no campus de Goiabeiras da UFES e comemoraram o resultado de não deflagração de greve estudantil.
Apesar da recusa do governo de aceitar as demandas dos professores em greve, foi colocado pelos manifestantes a necessidade de manutenção da greve de professores e o início de greves estudantis em apoio a causa da educação, mostrando que só com a luta o povo pode melhorar suas condições de vida e trabalho, sem depender da boa fé de governantes do velho estado. O ato foi finalizado às 16 horas com uma ação de panfletagem em frente ao sinal.