Professores, técnicos e estudantes de todo o Brasil aderem à Greve Nacional da Educação

Professores, técnicos e estudantes de todo o Brasil aderem à Greve Nacional da Educação

Está marcada para os próximos dias 2 e 3 de outubro uma nova Greve Nacional da Educação como parte da luta contra os inúmeros ataques que o ensino público vem sofrendo por parte do governo de Bolsonaro e dos generais, como o projeto “Future-se”, a militarização das escolas, o projeto “escola sem partido”, os cortes de verbas, o ataque à autonomia das universidades etc. Em todo o Brasil, trabalhadores e estudantes estão se mobilizando e aderindo ao movimento grevista.

No dia 30 de setembro, os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovaram, durante Assembleia Geral Extraordinária, a adesão à paralisação nacional. A reunião para votação foi convocada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe). Ainda no dia 30, as atividades que serão realizadas nos três campi da instituição serão definidas em reunião com os estudantes. 

Professores da UFPE aprovam greve. Foto: Ascom/Adufepe/Divulgação

No mesmo dia, a direção da ADUFMS protocolizou um ofício à reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) comunicando a decisão de assembleias de aderir à paralisação nacional “em defesa da educação, contra os ataques a autonomia das  universidades e aos/as docentes da instituição e contra o Future-se”. Aponta o ofício:

“Na Cidade Universitária Campo Grande, nos campi de Aquidauana (CPAQ), do Pantanal (CPAN Corumbá), de Três Lagoas (CPTL) e de Coxim (CPCX) as/os participantes da assembleia votaram favorável à adesão à greve de alerta. Com o comunicado as/os docentes que aderirem ao movimento paredista não poderão ter os dias descontados.

Os docentes e as docentes viraram alvo de críticas do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, que espalha boatos com o objetivo de jogar a opinião pública contra a categoria, a qual chamou de ‘Zebra Gorda’ que precisa ser atacada. Disse inverdades que a categoria trabalha apenas oito horas semanais e ganha salários acima de R$ 15 mil. A postura do ministro foi condenada em nota pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).”

Leia também: Bloco VI da UFMS é ocupado em resposta ao projeto ‘Future-se’

A nota da ADUFMS ainda acrescenta: “Além de inverdades, o Ministro da Educação promoveu cortes superiores a 30% do orçamentos das universidades, impedindo a continuidade das pesquisas e prejudicando diretamente que depende de bolsas para se manter nas instituições. Na UFMS a situação começou a ficar crítica com suspensão de energia em período de atividade administrativa, cancelamento de passagens e diárias para professores que vão compôr bancas e participação em congressos, atividades que contam pontuação nos indicadores de avaliação docente”.

No dia 26 de setembro, também em Assembleia Geral realizada no pátio da Faculdade de Educação (Faced), os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) decidiram pela participação na Greve, juntos com os professores e funcionários. 

Ainda no dia 26, professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram pela Greve em assembleia realizada pelo Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco. “Em votação, os presentes aprovaram a adesão à greve de 48 horas, nos dias 2 e 3 de outubro. O indicativo de greve já havia sido votado e aprovado, por unanimidade, na assembleia do dia 19 de setembro”, afirmou o sindicato.

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