Sepe-RJ emite nota em apoio à LCP e rechaça criminalização da luta pela terra

Sepe-RJ emite nota em apoio à LCP e rechaça criminalização da luta pela terra


Professores e estudantes realizaram ato no centro do RJ contra a política de precarização da Educação e contra criminalização. Foto: Frente Contra o Ensino Remoto/EAD na Educação Básica

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do estado do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) manifestou através de nota solidariedade aos camponeses do Acampamento Tiago dos Santos e à Liga dos Camponeses Pobres (LCP), e rechaçou a campanha de demonização da luta camponesa. 

O sindicato declarou repúdio ao despejo ilegal empreendido contra o Acampamento Tiago dos Santos, ação repleta de arbitrariedades e violações ocorrida em outubro. A entidade denunciou ainda a ampla grilagem de terra promovida pelo latifúndio daquela região e um de seus maiores representantes, “Galo Velho”.

Em nota, apontaram ainda a criminalização dos camponeses e indígenas e os ataques que são destinados a eles, como através dos criminosos incêndios promovidos pelo latifúndio no Pantanal e na Amazônia. Leia na íntegra: 


NOTA DE APOIO AOS CAMPONESES DO ACAMPAMENTO TIAGO DOS SANTOS E À LIGA DOS CAMPONESES POBRES

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do estado do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) se solidariza e manifesta todo apoio às 600 famílias do Acampamento Tiago dos Santos e à Liga dos Camponeses Pobres (LCP). Declaramos nosso repúdio ao despejo ilegal, repleto de arbitrariedades e violações imposto no último dia 10, uma verdadeira operação de guerra que contou com cerca de 300 policiais da Polícia Militar, Força Nacional, Força Tática, além de outros aparatos de repressão, justificado por uma trama de mentiras amplamente divulgadas pela imprensa oficial pró-latifúndio. As terras ocupadas pelos camponeses são parte das fazendas NorBrasil e Arco-Iris, em União Bandeirantes, Porto Velho/RO, mais de 50 mil hectares grilados por um dos maiores latifundiários da região, conhecido como “Galo Velho”, já condenado e preso justamente por compra de sentenças e falsificação de documentação de registro de terras.

Não coincidentemente, o fascista Bolsonaro que insiste em culpar índios e camponeses pelos incêndios no Pantanal e na Amazônia, dias antes postou em suas redes sociais um vídeo de uma manifestação da LCP em outra região de Rondônia, desta vez no Acampamento Manoel Ribeiro, nítida tentativa de criminalização da luta pela terra e incremento do já tradicional terrorismo de Estado que se impõe contra camponeses, povos originários e quilombolas.

A luta dos trabalhadores da educação não está descolada das demais lutas populares, seja na cidade ou no campo. Por esta razão não nos calaremos diante da política de barbárie, violação de direitos do povo e genocídio promovidos pelo governo de Bolsonaro e generais a serviço do lucro dos imperialistas, grandes burgueses e latifundiários.

ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO CAMPONÊS!

JUSTIÇA PARA OS CAMPONESES DO ACAMPAMENTO TIAGO DOS SANTOS EM UNIÃO BANDEIRANTES – RONDÔNIA!

TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!

30/10/2020

 

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