Protesto em SP condena violência policial; PM que executou jovem pelas costas é preso

O protesto concentrou manifestantes, movimentos populares e familiares de vítima de violência policial. Eles também exigiram a demissão do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilhermme Derrite, e a saída do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Protesto pede saída do Secretário de Segurança Pública. Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

Protesto em SP condena violência policial; PM que executou jovem pelas costas é preso

O protesto concentrou manifestantes, movimentos populares e familiares de vítima de violência policial. Eles também exigiram a demissão do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilhermme Derrite, e a saída do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Um grande protesto no centro da capital paulista condenou os casos de violência policial em São Paulo, dias depois em que policiais foram flagrados espancando idosas e jogando um homem de uma ponte em diferentes cidades paulistas.

“Esse é o caso isolado número 10 milhões”, disse o rapper Eduardo Taddeo, tio de Gabriel Renan da Slva Soares, que foi executado com oito tiros nas costas por um policial de folga.

O protesto concentrou manifestantes, movimentos populares e familiares de vítima de violência policial. Eles também exigiram a demissão do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilhermme Derrite, e a saída do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Derrite tem sido o principal alvo das denúncias, tanto por ser o secretário de Segurança Pública quanto por ter um histórico favorável à violência policial desde que era agente do batalhão Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).

O governador Freitas também tomou parte ativa na violência policial contra o povo paulista. Foi ele que elaborou, com Derrite, as duas Operações Escudo, que contaram com casos de execuções, torturas e outras violações.

Sob a gestão de Freitas, a PM paulista matou 712 pessoas somente em 2023. O número é 74% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

A mobilização popular tem conquistado processos e prisões contra os policiais assassinos. Ontem, (5/12), o policial Luan Felipe Alves Pereira, que lançou um homem vivo de uma ponte, foi preso. A denúncia só foi adiante porque um civil gravou a tentativa de assassinato. Os outros policiais na cena não denunciaram e nem serão julgados por omissão ou cumplicidade, apesar de terem cometido ambos os crimes.

PM que jogou homem da ponte é preso, mas violência policial continua – A Nova Democracia
O caso não vai gerar uma mudança significativa na estrutura da Polícia Militar (PM). Em pronunciamento, o comandante-geral da PM tratou o caso como resultado de “um erro emocional”, “um erro básico”.
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No mesmo dia, o policial que assassinou Gabriel Renan da Silva Soares, sobrinho de Eduardo Taddeo, também foi preso. Na ocasião da prisão, o Ministério Público afirmou que o soldado é investigado por outras 3 mortes em 10 meses de atividade policial. A juíza disse que o policial disparou 11 tiros contra o rapaz, que estava desarmado.

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