Servidores públicos municipais têm realizado greves exigindo reajustes salariais, melhores condições de trabalho e rechaçando reformas anti-povo. As mobilizações ocorreram nos estados de Paraíba (PB), São Paulo (SP) e Paraná (PR) no final de fevereiro e início de março.
Na cidade de Presidente Prudente (SP), servidores municipais que ganham os menores salários na área do executivo da prefeitura entraram em greve no dia 1° de março. Participam da greve os auxiliares de biblioteca, auxiliares de telefonista, cozinheiras, serventes de pedreiro, serviços gerais e vigias noturnos. Eles reivindicam melhores condições de trabalho e salários para a categoria.
São trabalhadores da chamada “referência 1”, tipo de “progressão” ou “nível” salarial em que são colocados os trabalhadores. A paralisação é por tempo indeterminado.
Segundo a presidente do Sintrapp, Luciana Telles, o atual prefeito de Presidente Prudente, Ed Thomas (sem partido), havia prometido durante a campanha eleitoral que daria atenção especial às reivindicações dos servidores que recebem menos, porém, nada foi feito até o momento. Segundo a presidente, eles recebem menos que um salário mínimo. As propostas da prefeitura dão conta somente de um aumento de 10% do salário, o que daria cerca de R$ 100 de aumento para os trabalhadores.
Em Foz do Iguaçu, no Paraná, mais de 6 mil servidores de diversos setores participaram de uma Assembleia Geral Conjunta em 25/02 que rechaçou a reforma da previdência municipal. Os trabalhadores demarcaram que, caso suas exigências não forem atendidas, realizarão uma greve.
Além disso, mais de dois mil servidores da educação da cidade já estão com indicativo de greve e exigem os 4,89% pendentes referentes ao reajuste do Piso Nacional do Magistério de 2022.
A reforma busca aumentar a aposentadoria para as mulheres aos 57 anos, dois anos a mais para se aposentar. Além disso, a prefeitura tenta fazer com que o desconto previdenciário seja a partir de três salários, enquanto o sindicato reivindica que seja a partir de cinco, dentre outras questões.
No município de Bayeux (PB), no dia 01/03 se iniciou a greve geral dos servidores por tempo indeterminado. Os trabalhadores rechaçam os salários congelados de diferentes categorias, o não pagamento do retroativo de janeiro a julho de 2022 para os vigilantes, a não implantação do piso nacional da enfermagem e o não pagamento de um adicional noturno e de insalubridade aos servidores da saúde.
Em Bauru (SP), no dia 05/03, servidores municipais se reunirão para uma terceira assembleia geral, que decidirá sobre a greve dos trabalhadores. As categorias exigem reajuste de 24,37%, valor que, mesmo com superávit financeiro nos dois últimos anos, a prefeitura se recusa a pagar.