Faz barulho na internet a assumida remoção por parte do Facebook de uma rede de divulgação de informações falsas pertencentes ao Movimento Brasil Livre (MBL, grupelho de extrema-direita), que teriam – as informações falsas – o objetivo de influenciar no resultado da farsa eleitoral que está prevista mais uma vez este ano. A rede social divulgou uma nota onde afirma que identificou cerca de 196 páginas e 87 perfis farsantes que pertenceriam ao grupo, que já virou notícia outrora por receber financiamento de think tanks ianques.
Em meio ao fuzuê, diversas vertentes “rivais” ao grupo comemoram a ação como um grande ato para o “avanço democrático”. Isso porque, segundo a agência Reuters, que divulgou a informação em primeira mão, a ação faz parte de um assumido esforço conjunto do Facebook e do Estado brasileiro para suprimir “más práticas” antes das eleições de outubro. O que está escondido por trás do suposto combate, que já ganhou a adesão em campanhas publicitárias de empresas como a Rede Globo, é o ‘xis’ da questão: a sustentação da própria farsa eleitoral.
Para exemplificar a situação, uma das páginas ligadas ao grupo que foi deletada ficou conhecida por fazer piadas com velhas figuras da politicalha (piadas para manter a pose de “lutadores pela mudança” sendo que, há pouco, essa mesma extrema-direita aliava-se com tais elementos).
Interessante é que, de forma concomitante à retirada do ar da rede liberal de notícias falsas, diversos grupos e páginas progressistas, principalmente os que possuem publicações expondo o caráter farsesco das eleições, já foram censurados pela empresa e, agora, estão sendo mais do que nunca.
No meio da mesmíssima onda de remoção de páginas ligadas ao grupelho de extrema-direita, vale citar, foi banida definitivamente do site a página da “Liga Unitária dos Trabalhadores e Estudantes” (Lute), organização adepta ao boicote eleitoral e que se autodeclara marxista-leninista, que contava com mais de 30 mil seguidores. O grupo está cogitando abandonar a rede social.
O suposto combate as fakes news, justamente por parte de monopolistas da desinformação como o Facebook e a Rede Globo, não passa de um pano de fundo desesperado pela salvação da farsa eleitoral.