Milhares de trabalhadores e jovens, em mais de 25 cidades russas, foram às ruas contra a reacionária reforma da previdência imposta pelo regime de Putin, no dia 9 de setembro (mesmo dia em que são realizadas as eleições regionais).
Em Moscou, aproximadamente 2 mil pessoas protestaram no centro da cidade. Em São Petersburgo e outras cidades houve também centenas de massas marchando nas ruas. Ao todo, aproximadamente 150 manifestantes foram presos.
A reforma da previdência quer elevar a idade de aposentadoria em cinco anos para as massas, levando as mulheres a trabalhar até 60 anos e os homens até 65. O número é mais assustador levando em conta que a expectativa média de vida no país é de 66 anos para homens – apenas um a menos do que o requisitado para aposentar – e 77 para as mulheres.
O governo de Putin chegou a recuar sua proposta no fim de agosto, ante o crescimento dos protestos e da ebulição popular. Ele propunha, antes disso, elevar em oito anos a contribuição exigida para ter acesso à aposentadoria, e recuou para cinco.
Em meio a essa absurda medida, grupos reacionários, ditos de “oposição”, buscam surfar sobre a justa revolta das massas, sem, no entanto, alcançar significativo êxito.