Em Coventry, no Reino Unido, quase mil operários paralisaram no dia 11 de julho um galpão do monopólio imperialista Amazon, exigindo aumento salarial diante da inflação. A greve ocorre durante os dias internacionais de promoções e vendas da empresa, que é hoje a mais valiosa do mundo. Na contramão do que recebem Jeff Bezos, dono da empresa, e seus acionistas, o salário pago pela Amazon aos trabalhadores de Coventry está apenas 0,8 libras acima do mínimo nacional.
Os trabalhadores exigem, com greve e piquetes, o pagamento de no mínimo 15 libras por hora de trabalho e direitos sindicais. Antes do ano de 2023, nunca haviam sido realizadas greves nos galpões da Amazon no Reino Unido. Entretanto, frente à escalada da inflação, os operários se organizaram e desde janeiro deste ano já foram um total de 22 dias de greve em galpões da Amazon no país.
Mais da metade dos trabalhadores organizados por melhores condições
A rápida e massiva organização dos operários em Coventry, particularmente, tem sido impressionante: de poucos trabalhadores se organizando por melhores salários, em poucos meses, já são 900 operários organizados, o que ultrapassa o mínimo necessário para formar um sindicato, exigência feita na atual greve. O direito de formar sindicato está sendo negado aos trabalhadores pela Amazon.
Os trabalhadores de Coventry denunciam que a Amazon contratou mais trabalhadores e mentiu sobre o número de empregados no galpão apenas para impedir a sindicalização dos trabalhadores, manipulando o limite mínimo de 50% de trabalhadores empregados organizados para a criação de sindicato no local.
Operários denunciam condições de trabalho
A Amazon é conhecida internacionalmente pelas péssimas condições impostas aos trabalhadores. São inúmeras as denúncias de jornadas de trabalho de mais de 10 horas, de sistemas que rastream cada movimento e câmeras que vigiam os trabalhadores, assim como casos frequentes de trabalhadores que não podem sequer ir ao banheiro ou casos emblemáticos de operárias grávidas sendo encaminhadas ao hospital após serem obrigadas a trabalharem por horas em pé. Em particular, destaca-se a exposição dos trabalhadores a essas condições em plena pandemia da Covid-19, quando não eram disponibilizados sequer seguros de saúde.
Trabalhadores enfrentam monopólio imperialista e exigem direitos
Em todo o mundo ocorre uma dura luta travada pelos trabalhadores da Amazon para conquistar seus direitos. O monopólio imperialista, considerado o mais valioso do mundo, e cujo dono é um dos mais ricos do mundo, utiliza de todos artifícios para impedir a organização dos operários.
Sistematicamente são demitidos os operários mais revoltados contra as condições de trabalho, assim como em diversos países, como Estados Unidos (USA), Reino Unido, entre outros, as leis são dobradas de acordo com o interesse do monopólio para impedir a formação de sindicatos legais nos seus galpões.
Mesmo sofrendo com demissões e perseguições arbitrárias, os trabalhadores seguem a se organizar exigindo melhores condições de trabalho, e denunciam que a empresa só atinge os maiores superlucros do planeta porque são retirados do seu suor e sangue.