Esse ano ocorre o 50º aniversário da promulgação da Lei fascista para a Prevenção de Atividades Ilícitas, elaborada em 1967. Alunos da Universidade Aberta para Adultos de Londres realizaram em 18/12 uma assembleia pública para denunciar a perseguição política aos democratas e revolucionários na Índia, dando ênfase na perseguição contra o Professor GN Saibaba.
Saibaba, portador de cadeira de rodas em vista da aquisição de Poliomielite aos 5 anos de idade, é professor de Inglês na Universidade de Delhi, na Índia. Encarcerado e condenado a prisão perpétua pelo velho Estado da Índia, foi privado dos recursos essenciais a sua sobrevivência e também de tratamento médico, chegando a um estado deteriorável.
Em entrevista concedida a Anumeha Yadav, reproduzida em diversos sites e blogs internacionais Saibaba declara sobre o caráter político de sua prisão e da perseguição:
– Nos últimos 14 meses, eu vi mais claramente ainda como o Estado tornou-se centrado em segurança. O Estado deveria trabalhar para o povo, mas em vez disso, só está preocupado com a segurança dos poderosos. Eu fui tratado como uma ameaça à segurança porque o governo sentiu que minhas ideias sobre os recursos naturais, os direitos dos povos, não são propícias para o Estado e, portanto, eu deveria ser silenciado. Sou professor. Eu debato, eu escrevo, e por causa disto, o Estado se sente ameaçado.
Na prisão, eu me perguntava: Por que o governo tem medo de mim? Eu sou 90% paralisado. O Estado sabe que eu não posso fazer muito, mesmo com os maoistas. É impossível para mim. Mas eu penso, eu escrevo. Este Estado acha que uma pessoa que tem a coragem de se aproximar, ver e descrever a realidade é uma ameaça.
A entrevista completa pode ser visualizada aqui