Em 19 de abril a companheira Remís Carla, completaria 27 anos. Em sua trajetória, a companheira Remís Carla forjou-se como destacada militante revolucionária, de grande capacidade prática, organizativa e propagandística.
Remís foi militante do Movimento Feminino Popular – MFP e do Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, tendo atuação destacada nas gloriosas Jornadas de Lutas de Junho/Julho de 2013, se forjando com a juventude combatente na linha de frente das manifestações no Recife, enfrentando a repressão deste velho Estado e erguendo bem alto a bandeira da luta combativa.
Em 2014, esteve na linha de frente da campanha de boicote à farsa eleitoral. Remís era uma militante de poucas palavras, mas de muita disposição e capacidade de ação. Quem a conheceu apenas nos corredores da Universidade, talvez não imaginasse que aquela jovem foi quem comandou uma das maiores campanhas de pichação de nosso Movimento, espalhando a consigna: Não votar! Viva a revolução! MEPR, por toda a Região Metropolitana do Recife.
Em 2016, a militância de Remís se concentra principalmente fora da Universidade, particularmente no apoio à luta camponesa e em defesa da moradia, participando do início da luta dos posseiros da chamada “Zona 6” da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), atuando como dirigente da Associação de Moradores e como apoiadora do escritório da advogada do povo, Drª Maria José do Amaral. Na luta pela terra no campo, Remís apoiou diretamente a construção das Escolas Populares nas áreas da LCP (Liga dos Camponeses Pobres) e também atuou diretamente na resistência camponesa às reintegrações de posse, como se deu em 2016, quando passou mais de quinze dias junto aos camponeses da Área Revolucionária Renato Nathan, em Messias – Alagoas.
Ao longo de sua prática revolucionária, a companheira Remís avançou na sua condição de militante comunista, defensora da ideologia científica do proletariado: o Marxismo-Leninismo-Maoismo e as contribuições de valor universal do Presidente Gonzalo. A última atividade política que Remis participou, foi do estudo da entrevista da Camarada Laura, comandante do EPL (Exército Popular de Libertação) e dirigente do PCP (Partido Comunista do Peru).
Há 3 anos Remís Carla foi covardemente assassinada por seu ex-namorado, Paulo César. Esse crime cruel nunca será esquecido, pois para os revolucionários, assim como morte dos inimigos do povo pesa como uma pena, a morte dos que tem a vida dedicada inteiramente à luta do povo, pesa mais do que uma grande montanha.
Temos plena certeza que se a companheira Remís estivesse viva, estaria enfrentando com muita disposição e dedicação a luta de classe que desenvolve no nosso País, estaria ao lado das massas mais profundas prestando seu apoio no enfrentamento do Covid-19, junto com os Comitês Sanitários de Defesa Popular que se desenvolvem por todo país.
Em breve teremos o início do julgamento do caso de nossa companheira pelos tribunais burgueses, exigiremos a punição do Estado, mas só isso não nos serve, depositamos nossas verdadeiras esperanças na justiça das massas e não na deste apodrecido judiciário. Cumpriremos nossa promessa à companheira, feita durante o seu funeral, seguiremos erguendo alto a bandeira da luta combativa e da Revolução de Nova Democracia em nosso país.
Em seguida, reproduzimos o link de acesso da música Remís Vive, composta pela Banda Palafita, a qual a companheira era fã número 0.
Companheira Remis Carla, Presente na Luta!
Paulo César assassino, você vai nos pagar!
Movimento Feminino Popular – Recife