O modus operandi do ataque seguiu as características do grupo Exército Republicano Irlandês (IRA, sigla inglês). Quinze minutos antes, as forças de repressão, por telefonema, foram advertidas sobre a explosão, relatou o portal internacionalista alemão Dem Volke Dienen (Servir Ao Povo).
O IRA teria enviado uma declaração a jornais de Derry alguns dias depois assumindo a autoria do ataque. Na declaração lia-se que o IRA “continuará a lutar contra as forças da coroa e seu estabelecimento imperial”. O monopólio de imprensa inglês destacou em especial o trecho da declaração que dizia: “avisamos para quem colaborar com os britânicos ter cautela e desistir de imediato, já que mais nenhum aviso será dado”. “Nossa luta continua.”, conclamou, ao fim da nota.
O órgão da imprensa local Derry Journal afirmou também que uma série de serviços da cidade, como correios e polícia, foram vítimas de “incidentes” e tiveram que ser suspensos durante alguns dias. A cidade de Derry é tradicional berço da Resistência Nacional e republicana nos seis territórios irlandeses sob ocupação. O imperialismo inglês chegou até à oficialmente adicionar Londres ao nome da cidade e do condado onde localiza-se, transformando-a em Londonderry, manobra amplamente rejeitada pelo povo da Irlanda.
Desde o anuncio da saída do Reino Unido da União Europeia (chamada de Brexit), uma profunda crise econômica e política estourou no país imperialista, dividindo inclusive grande parte dos colaboradores da ocupação na Irlanda do Norte entre pró e anti-Brexit. Tão grande é o medo das classes dominantes inglesas e seus lacaios de uma nova onda de revoltas na Irlanda do Norte que foi anunciado que cerca de 700 oficiais da inteligência do Reino Unido estariam sendo enviados para “reforçar a segurança” no território, relata o monopólio de imprensa britânico. O IRA, entretanto, afirma que “as negociações do Brexit não influenciarão nossas ações. O IRA não irá sumir”.