Resistência afegã avança para retomar nova capital provincial

Resistência afegã avança para retomar nova capital provincial

A capital da província de Faryab, Maimana, está a um passo de ser retomada pelo Emirado Islâmico do Afeganistão (movimento conhecido como Talibã). As tropas locais pró-invasores abandonam postos militares avançados, enquanto os talibãs avançam. A informação vem das próprias “autoridades” semicoloniais do Estado fantoche afegão.

Naqibullah Fayiq, governador da província de Faryab, disse que “a maioria das áreas da província está sob o controle dos talibãs” e que os talibãs estão às bordas de Maimana.

As derrotas militares dos invasores ianques e seus lacaios na província ficaram patentes quando suas forças foram derrotadas no distrito de Ghormach, na mesma província. Na ocasião, as tropas do velho Estado afegão debandaram e fugiram do distrito, sendo que pelo menos 20 de seus soldados foram aniquilados.

Ações em outras províncias

Os talibãs atuam também em outras províncias. Maimana é uma das sete capitais provinciais que o Ministério da Defesa afegão identificou como “ameaçadas” pela ofensiva da Resistência Nacional, ainda em maio. As outras capitais são Farah City, Faizabad (em Badakhshan), Ghazni City, Tarin Kot (em Uruzgan), Kunduz City e Pul-i-Khumri (em Baghlan).

A capital de Helmand, Lashkar Gah, embora não esteja na lista oficial de capitais às bordas de serem retomadas pela Resistência, também se encontra em dura disputa. Recentemente, os talibãs empreenderam resistência no Distrito 4 da capital; os combatentes controlam essa região há pelo menos dois anos.

Derrota confessa

Os planos de imperialismo ianque para o Afeganistão estão sendo, um a um, derrotados. O monopólio de imprensa ianque The Weeklu Standard publicou um artigo intitulado Perdendo uma guerra, onde analisam o grande fracasso atual no Afeganistão.

“Alguns comandantes militares estadunidenses sustentam que a guerra agora está em ponto morto, porque os talibãs são incapazes de invadir as zonas mais povoadas do país. Vendem isto como progresso. Mas, na verdade, estão vendo a guerra através de lentes cor de rosa. Os insurgentes são capazes de reunir suficientes forças para as ofensivas em todo o país em qualquer momento. Os talibãs disputam ou controlam aproximadamente 60% do território.”, afirma o veículo.

O Afeganistão segue sendo vítima de uma guerra de rapina, invasão e ocupação imperialistas comandadas pelo imperialismo ianque. O objetivo da guerra foi obter completo controle sobre as riquezas e a política do país, sendo obstaculizados pelo Talibã, que estava na cabeça do velho Estado afegão e não servia aos ianques do modo como demandava.

Ter maior controle e dominação sobre o Afeganistão faz parte do objetivo a longo prazo dos ianques, que é dominar países estratégicos no Oriente Médio, que lhe possibilite ter acesso às fronteiras russas e, no momento adequado, atacá-la e destruí-la, como parte da sua disputa interimperialista.

No intuito de desbaratar o regime talibã e aprofundar sua dominação e influência no país e na região, iniciou-se, em 2001 (após o episódio de 11 de setembro), a invasão e a subsequente ocupação.

Retirado da cabeça do velho Estado, o Talibã e outras forças então reacionárias, sobretudo de origem islâmica, passaram a resistir com luta armada contra o invasor, aglutinando em torno de si setores da nação dispostos a expulsar as tropas estrangeiras agressoras.

Apesar da falta de uma direção proletária, garantida por um Partido Comunista, a guerra de resistência tem alcançado vitórias e êxitos no objetivo de expulsar o invasor.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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