Resistência Nacional maliana mata tropas imperialistas russas

No decorrer da semana passada, combatentes patriotas do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM, na sigla em árabe) conduziram uma emboscada dupla no Mali contra tropas invasoras russas do Grupo Wagner e militares do exército reacionário malinês que acompanhavam os soldados imperialistas.  

Resistência Nacional maliana mata tropas imperialistas russas

No decorrer da semana passada, combatentes patriotas do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM, na sigla em árabe) conduziram uma emboscada dupla no Mali contra tropas invasoras russas do Grupo Wagner e militares do exército reacionário malinês que acompanhavam os soldados imperialistas.  

No decorrer da semana passada, combatentes patriotas do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM, na sigla em árabe) conduziram uma emboscada dupla no Mali contra tropas invasoras russas do Grupo Wagner e militares do exército reacionário malinês que acompanhavam os soldados imperialistas.  

Ambas as emboscadas foram realizadas na região do Mali Central. Na primeira emboscada, uma patrulha dos invasores russos e lacaios do exército malinês foi explodida por uma mina entre as cidades de Tenenkou e Macina. O número de mortos e feridos não foi divulgado. 

O segundo ataque da Resistência Nacional foi realizado com três dispositivos explosivos acionados pelos combatentes entre as cidades de Koumara e Macina. De acordo com a JNIM, cinco mercenários invasores do Grupo Wagner e sete militares marienses foram mortos, além das dezenas de feridos. Os resistentes também afirmaram que cinco de seus combatentes morreram no confronto. 

GRUPO WAGNER CONDUZ MASSACRES EM PAÍSES OPRIMIDOS PELO IMPERIALISMO RUSSO

O Grupo Wagner é uma empresa paramilitar russa com fortes ligações ao Estado imperialista russo. Nos últimos anos, o grupo mercenário tem se destacado ao atuar como ponta de lança do imperialismo russo em países nos quais a Rússia conduz guerras de agressão ou mantém forte dominação imperialista, como na Ucrânia, Mali ou República da África Central. 

O momento de início da presença dos mercenários russos no Mali é ainda nebuloso, uma vez que tanto o velho Estado malinês quanto o Grupo Wagner e o Estado imperialista russo omitem informações sobre as transações e acordos realizados entre as partes. O que se sabe é que a invasão começou em torno de dezembro de 2021, meses após um golpe de Estado no país conduzido pelo coronel reacionário Assimi Goïta. Desde o início de seu governo, Goïta foi responsável por fortalecer o domínio russo sobre o Mali em detrimento do imperialismo francês, que ocupou o país africano entre os anos de 2013 e 2022. 

Desde então, o Grupo Wagner foi responsável por conduzir verdadeiras operações terroristas contra as massas do país africano, operando sob contratos que chegam até 10,8 bilhões de dólares pagos pelo velho Estado do Mali (dinheiro este resultante da venda de metais preciosos do país oprimido para potências imperialistas). 

Em março de 2022, os mercenários imperialistas, em ação conjunta com o exército reacionário do Mali, assassinaram ao menos 300 pessoas na cidade de Moura, sob pretexto de “combate aos jihadistas”. Na ocasião, a JNIM afirmou que só havia 30 de seus combatentes entre os assassinados. Já em outubro, militares malineses e “soldados brancos” deixaram um saldo de 13 mortos em um vilarejo do Mali na região do Mopti. 

Aproveitando da ausência de uma organização revolucionária consequente e da contradição existente entre as massas malinesas e o Grupo Wagner, bem como o exército reacionário e lacaio do país, a JNIM tem cada vez mais angariado apoio popular porque combate as tropas imperialistas e seus serviçais locais. No final do mês de outubro de 2022, a JNIM afirmou que conduziu uma emboscada em mercenários do Grupo Wagner e militares malineses que haviam atacado um vilarejo do país e roubado os animais da população. De acordo com os resistentes, os animais foram devolvidos aos donos após a ação. 

Foto de destaque: Resistência Nacional matou tropas imperialistas do Grupo Wagner. Foto: Al Jazeera

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