Resistência Nacional Palestina realiza ações de emboscada contra ocupação 

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Resistência Nacional Palestina realiza ações de emboscada contra ocupação 

As Brigadas de Al-Qassam, força militar do Hamas, realizaram hoje (21/4) complexas ações de emboscada contra as forças de ocupação israelenses na cidade de Beit Hanoun, nordeste da Faixa de Gaza, aniquilando seus inimigos e deixando outros feridos. A cidade vem sendo palco de uma série de emboscadas preparadas pela Resistência Palestina contra os invasores israelenses nos últimos dias.

A operação “Quebrando a Espada”, iniciada na manhã desta segunda-feira, teve como principal palco a rua Al-Awda, zona leste de Beit Hanoun, onde membros da Resistência Palestina alvejaram um jipe militar tipo “Storm”. Em seguida, as forças de apoio israelenses que chegavam ao local foram atingidas por um dispositivo explosivo antipessoal. 

De acordo com informações divulgadas pelas Brigadas de Al-Qassam, uma liderança sionista foi morta dentro de um jipe que, ao ser alvejado, capotou. Outros soldados sionistas do mesmo jipe também morreram.

Essas ações da Resistência ocorrem em meio ao avanço das forças sionistas, que segundo o monopólio de imprensa internacional voltou a ocupar 50% do território de Gaza. Ao que tudo indica, a Resistência Palestina estava permitindo que as tropas israelenses penetrassem em seu território para depois engolfá-los em ações guerrilheiras. Segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth, a Resistência Palestina deixou mais de 10.000 soldados mortos ou feridos desde 7 de outubro de 2023, mas os palestinos alegam que os dados são subestimados.

Durante a operação desta manhã, ao menos três posições militares sionistas recém-estabelecidas foram emboscadas e atingidas. Os combatentes palestinos surpreenderam as forças inimigas ao aparecer nos meios dos escombros deixados pelos sucessivos bombardeios sionistas, deixando-os com pouca capacidade de reação.

As forças da ocupação estão sendo emboscadas

De acordo com uma reportagem do Al Jazeera, fontes da resistência palestina afirmaram que estavam desenvolvendo suas capacidades de guerrilha, se preparando para estabelecer todo tipo de emboscada. As ações da Resistência nos últimos dias confirmam que os palestinos não só conseguiram desenvolver suas capacidades de combate, mas também aprimoraram a capacidade de adaptar os escombros deixados pelos maníacos bombardeios israelense ao povo de Gaza para instigar e eliminar os invasores. 

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No sábado, as Brigadas de Al-Qassam realizaram diversas emboscadas, como parte da operação “Quebrando a Espada”. O exército israelense chegou a reconhecer que um soldado foi morto e outros cinco ficaram feridos. De acordo com relatos divulgados pela Rádio do Exército Israelense e divulgados pelo Palestine Chronicle, os combatentes emergiram de um túnel em Beit Hanoun e atacaram um veículo militar com um míssil anti-tanque RPG, deixando três feridos. Quando as tropas de reforço chegaram, foram surpreendidas pela ativação de um dispositivo explosivo, que matou um e feriu gravemente dois. 

Mais cedo, ainda no sábado, combatentes Al-Qassam atacaram um tanque e uma escavadeira militar no bairro de Al-Tuffah, na Cidade de Gaza, incendiando ambos. A mídia israelense confirmou que soldados feridos foram retirados de helicóptero às pressas da região. 

No domingo, a cidade de Beit Hanoun foi novamente palco de uma grande emboscada. Um míssil antitanque atingiu um veículo de uma unidade de comando israelense e quando as tropas de apoio chegaram para evacuar seus comandantes, foram atingidas por uma bomba antipessoal, resultando em mortes e ferimentos. 

Exército israelense cada vez mais enfraquecido 

Segundo a Autoridade de Radiodifusão Oficial israelense, as Forças de Ocupação sionista estão, desde dezembro do ano passado, enviando soldados mal treinados para suprir a escassez de soldados. Em uma declaração, foi afirmado que  “em um contexto de escassez de soldados, tropas das Brigadas Golani e Givati ​​(forças de elite) que se alistaram há quatro meses e não concluíram seu treinamento se juntaram ao exército e estão sendo enviadas para a Faixa de Gaza”.  

O Yedioth Ahronoth publicou na última segunda-feira que o chefe do Estado-Maior israelense Eyal Zamir expressou suas preocupações para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se “a escassez de soldados pode limitar a capacidade do exército de alcançar as ambições e os planos da liderança política em Gaza”.

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De acordo com a imprensa israelense, o exército ocupante está sofrendo com a recusa de 30% a 40% de seus soldados reservistas, potencializado pela falta de recrutamento entre a população de judeus ortodoxos. Nas últimas semanas, militares israelenses chegaram a assinar uma petição para que Netanyahu suspendesse a invasão a Gaza. Segundo os israelenses, a principal razão para a negativa dos militares sionistas está na incapacidade de se adaptarem à guerra prolongada que está sendo empregada pela Resistência. 

Caso se confirme o envio de soldados inexperientes, isso pode facilitar a tática do Hamas de confundi-los e instigá-los ao máximo com pequenos grupos de combate. Uma vez profundamente penetrados nos territórios de Gaza, ainda mais inóspitos pela própria destruição israelense, os soldados invasores se veem cada vez mais vulneráveis às complexas táticas de emboscadas da Resistência Nacional Palestina. 

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