Gravura feita por prisioneiros de guerra do Partido Comunista do Peru (PCP) em uma das prisões que foram transformadas pelos maoistas em Luminosas Trincheiras de Combate
O Comitê de Redação da revista O Maoista publicou, no dia 24 de setembro, na internet, uma declaração pública por ocasião do 27º aniversário do Discurso do Presidente Gonzalo. Uma tradução pode ser lida numa publicação do blog Servir ao Povo de 8 de outubro de 2019.
Somando ao Partido Comunista do Peru (PCP), que lançou na mesma data uma declaração própria, a revista – que publica periodicamente documentos teóricos e políticos de diversas organizações e partidos comunistas maoistas do mundo – marca a data como de grande importância para a revolução.
“Saudamos o Presidente Gonzalo, chefe do PCP e da Revolução Peruana, que sob isolamento absoluto nas mãos da reação na Base Naval de Callao, que com vontade firme e acerada de grande chefe comunista, desafiando todas as dificuldades, permanece firme na mais alta trincheira luminosa de combate da guerra popular. O Presidente Gonzalo foi quem gerou o pensamento gonzalo como a aplicação criadora do Marxismo-Leninismo-Maoismo à Revolução Peruana, pensamento indispensável para os comunistas da Terra entenderem o Maoismo”, afirma o Comitê de Redação.
Os maoistas, responsáveis pela publicação da revista, afirmam que a importância de celebrar a data está, dentre outras coisas, em que o Presidente Gonzalo aporta contribuições válidas para todas as lutas revolucionárias proletárias do mundo.
“Afirmamos que, de todas as contribuições do Presidente Gonzalo à Revolução Mundial, existem duas que são inseparavelmente unidas: definir o maoismo e iniciar e desenvolver a guerra popular no Peru, comprovando a validade universal do maoismo e da guerra popular. Reconhecendo isto no mais alto nível partidário, no I Congresso do PCP e promovendo a luta pelo maoismo, desde 1982, por seu reconhecimento como a terceira, nova e superior etapa do marxismo. É por isso que a campanha pelo maoismo e a defesa da vida do Presidente Gonzalo são indeléveis”, asseveram os maoistas.
Em reverência ao PCP, o Comitê de Redação da revista saudou a atual luta deste partido. “Nesta solene celebração do 27º aniversário do discurso do Presidente Gonzalo, expressamos nossos cumprimentos ao PCP e sua luta por sua reorganização geral na e para a guerra popular, que tomando o Discurso da Chefatura como arma de combate de comunistas, combatentes e massas, vêm cumprindo as tarefas estabelecidas”. E complementam: “Acreditamos que também é inevitável saudar pletóricos de entusiasmo o Presidente Gonzalo e o PCP pela celebração do 30º aniversário do Primeiro Congresso do PCP, congresso marxista, congresso marxista-leninista-maoista, pensamento gonzalo, que incorporou décadas de ardentes combates do proletariado do Peru; estabeleceu um grande marco de vitória para a revolução peruana e mundial que só poderia ser alcançada com a guerra popular”.
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Fazendo uma avaliação da situação internacional, na qual “o imperialismo afunda em meio a crises e guerras de todos os tipos”, os maoistas pontuam ainda que: “o maoismo avança para liderar essa nova grande onda ao gerar partidos comunistas maoístas para iniciar novas guerras populares, seguindo a estrada aberta pelas guerras populares que já estão se desenvolvendo na Índia, Peru, Filipinas e Turquia”.
Em especial, a revista saúda o Partido Comunista da Índia (Maoista): “A guerra popular liderada pelo Partido Comunista Maoista da Índia é de grande importância para a revolução mundial, devido à localização, tamanho do país e ao imenso peso de massa. Seu desenvolvimento vitorioso causa impacto todos os dias, não apenas no sudeste da Ásia, mas em todo o mundo, principalmente por causa de seu envolvimento histórico na própria China social-imperialista e isso já está ocorrendo”, valoriza.
Os maoistas destacam, ainda, que na China a luta por retornar ao socialismo está sendo empreendida conscientemente por um contingente maoista. “Os maoístas na China estão lutando para reconstituir seu partido usurpado pelo revisionismo para contrarrestaurar o socialismo com a guerra popular”, afirmam.
“Destacando neste processo do Partido Comunista o progresso na reconstituição do Partido na América Latina como no Brasil, Equador, México, Chile, Colômbia, etc. Nós avançamos na reconstituição do Partido Comunista nos próprios Estados Unidos, nas entranhas do monstro. Nos países imperialistas da Europa, como França, Áustria, Alemanha, Noruega, etc. Avanços na tarefa do Partido na Turquia esmagando o liquidacionismo de direita, importante porque é uma porta para o Oriente Médio Ampliado. Nossas ações e campanhas comemorativas tiveram um impacto na Ásia e na própria África, por isso é extremamente importante continuar desenvolvendo a campanha internacional para apoiar a guerra popular na Índia. Com as Reuniões dos Partidos e Organizações realizadas na América Latina e na Europa, avançamos na união da esquerda e na superação da dispersão no MCI, aprendendo a agir em conjunto em vários países e continentes, como uma força única sob uma direção, partindo da unificação ideológica e política”, analisam os maoistas.
Os maoistas concluem destacando a necessidade de combater o revisionismo e todo oportunismo, especialmente “avakianismo” e “prachandismo” e suas repercussões no “centrismo”. A revista aponta, em perspectiva, para a reconstituição da Internacional Comunista marxista-leninista-maoista, cujo processo está em marcha com a luta por “uma nova organização internacional do proletariado que assuma a principal tarefa de lutar para colocar o maoismo como mando e guia da Revolução Proletária Mundial, servindo à constituição ou reconstituição dos partidos comunistas maoistas em todo o mundo para o início, desenvolvimento e coordenação das Guerras Populares no mundo”.