No dia de páscoa, em diversas cidades da Alemanha, revolucionários fizeram pichações e pinturas em solidariedade aos revolucionários irlandeses e sua luta revolucionária por Libertação Nacional. Na mesma semana, os militantes irlandeses lançaram uma declaração sobre a situação revolucionária no país.
As ações aconteceram em homenagem à Rebelião da Páscoa, acontecida na Irlanda em 1916, quando o povo irlandês armado se levantou contra o jugo britânico, na luta por uma república irlandesa independente. Naquela semana, 16 líderes da revolta foram brutalmente executados pelas forças coloniais.
Pintura realizada pelos revolucionários em Hamburgo declara: A Irlanda subjugada nunca estará em paz! O sangue dos heróis caídos demanda: sigamos em frente no caminho da Guerra Popular!
Em Bremen, as pichações exclamam: A Irlanda subjugada nunca estará em paz! e O sangue dos heróis caídos demanda: sigamos em frente no caminho da Guerra Popular! As mesmas palavras de ordem foram gravadas nas cidades de Freiburg e Bochum.
Revolucionários lançam declaração na ocasião da Rebelião de Páscoa
Revolucionários irlandeses do grupo Socialistas Republicanos Irlandeses, da organização de Juventude Socialista Republicana (Macradh) e a Ação Anti-imperialista Irlandesa divulgaram, na semana de páscoa, uma declaração para o acontecimento histórico.
Eles começam o documento estendendo saudações revolucionárias aos seus membros, amigos e apoiadores no país e no estrangeiro e dizem que, em particular, enviam saudações às organizações de massas que atuam com eles. “Saudamos seus esforços contínuos para reconstruir a luta pela Libertação Nacional e a Revolução Socialista em toda a Irlanda”, iniciam.
Segundo os irlandeses, este ano significa mais um marco no desenvolvimento da Ação Anti-Imperialista: “Pela primeira vez desde a sua fundação em 2017, a Organização Socialista Republicana de massas realizará eventos comemorativos de 1916 nas quatro províncias do nosso país. Este é um testemunho do trabalho árduo realizado diariamente pelos nossos ativistas para fortalecer o Movimento Revolucionário nos 32 condados”.
Os revolucionários acrescentam que na Páscoa de 2020 estendem solidariedade a todos os prisioneiros políticos irlandeses e a todos os prisioneiros de todo o mundo mantidos cativos como resultado da luta pelo socialismo para derrotar o imperialismo.
“Saudamos a memória de Helin Bölek do Grup Yorum e apoiamos aqueles que permanecem na greve da fome contra o fascismo turco pelo direito de cantar as Canções do Povo da Revolução. Pedimos a libertação imediata de todos os prisioneiros do Grup Yorum e a libertação dos nossos camaradas, Ahmad Sa’adat e Khaledia Jarrar, de Georges Abdalladh e do Presidente Gonzalo, do Partido Comunista do Peru”, exigem.
Sobre a data histórica, eles colocam que no 104º Aniversário do Levante de 1916 os republicanos socialistas irlandeses recordam os homens e mulheres de todas as gerações que lutaram e morreram pela Libertação Nacional e pela Revolução Socialista. “A chispa acesa pela Rebelião não se apagará até o estabelecimento da nossa República Popular, a tomada do poder pela classe operária e a vitória da Revolução Socialista”.
Eles declaram: “Após 104 do Levante de 1916, a Irlanda encontra-se novamente em uma situação revolucionária. A Irlanda continua a ser uma colônia e semicolônia do imperialismo, oprimida e explorada pela divisão e ocupação ilegal. O atual colapso econômico do sistema capitalista devido à superprodução e a crise resultante do imperialismo, agravada pela pandemia do coronavírus, significa que as forças de reação não podem mais governar da maneira antiga e que as condições materiais estão mudando rapidamente. O imperialismo está em crise e vai quebrar nas periferias. As condições para a Revolução na Irlanda estão maduras”.
Em tempos tão históricos, dizem eles, “é dever das organizações revolucionárias organizar a classe operária e mobilizá-la na luta pela Libertação Nacional e Revolução Socialista. Através da implementação da Linha de Massa, os revolucionários irlandeses podem desempenhar o papel principal na derrota de todos os inimigos de classe. Desde o início da crise atual, nossas organizações têm estado à frente combatendo e resistindo aos latifundiários parasitas e capitalistas exploradores e, ao mesmo tempo, continuando a se organizar contra o imperialismo britânico e a contrarrevolução do Estado Livre. Nossos membros continuarão agitando a educação e a organização com trabalhadores para combater todos os parasitas que os exploram e, ao fazê-lo, conquistar seu apoio à Libertação Nacional e à Revolução Socialista. A luta do Exército de Cidadãos Irlandeses de 1913 é a luta dos republicanos socialistas de hoje”, asseveram.
E continuam: “A classe operária irlandesa enfrenta agora uma luta prolongada para acabar com a exploração e a opressão e precisa de uma organização revolucionária do novo tipo para os dirigir nessa luta. O proletariado não deve tentar combater as forças da reação nos seus terrenos. Lutaremos para vencer nos nossos próprios terrenos, fora das linhas e das fronteiras estabelecidas pelos nossos inimigos”.
“A opção que a classe operária irlandesa enfrenta hoje é lutar pela República ou enfrentar a exploração e opressão paralisantes. Não há escolha – o nosso objetivo é lutar. Para uma República Socialista de 32 Condados. Combate e Resistir ao Imperialismo e Contra-Revolução! Mobilizar as massas para a Libertação Nacional e a Revolução Socialista! Construir a República da Irlanda através do estabelecimento de Comitês de Resistência, Centros de Resistência e Conselhos Populares Revolucionários! Construir a Frente Anti-imperialista!”, concluem os revolucionários.