Repressão indiana assassina 26 revolucionários, entre eles o dirigente comunista Nambala Keshava Rao

Estado indiano comemorou chacina. Segundo dados de 2017, PCI (Maoista) tem mais de 25 mil quadros e combatentes no país.
Dirigente revolucionário indiano Nambala Keshava Rao

Repressão indiana assassina 26 revolucionários, entre eles o dirigente comunista Nambala Keshava Rao

Estado indiano comemorou chacina. Segundo dados de 2017, PCI (Maoista) tem mais de 25 mil quadros e combatentes no país.

As forças repressivas do Estado indiano cometeram mais uma chacina no interior do país, dessa vez nas florestas de Abujhmad, em Chhattisgarh. Ao menos 27 pessoas foram assassinadas, entre elas o secretário-geral do Patido Comunista da Índia (PCI) (Maoista), Nambala Keshava Rao, chamado pelos outros revolucionários indianos de Basavaraju. O Estado indiano alega que todos os mortos eram guerrilheiros, mas é possível que os policiais tenham executado camponeses, como fizeram em um massacre em outubro de 2024

Os assassinatos ocorreram no âmbito da Operação Kagaar – uma manobra do Estado indiano para tentar confrontar os milhares de combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL), dirigidos pelo PCI (Maoista) que há mais de 57 anos lutam pela Revolução Indiana. O Estado indiano, que falhou por décadas em capturar Keshava Rao, precisou unir as tropas da Guarda da Reserva Distrital, da Polícia de Chhatisgarh, da Força-Tarefa Especial e da Força de Polícia da Reserva Central em uma operação de 50 horas para derrubar o dirigente. Ao menos um soldado reacionário foi morto durante o combate, mas o número pode estar sendo reduzido pelas forças oficiais do Estado indiano. 

Guerrilheiros indianos honram seus mártires. Foto: Reprodução

O jornal A Nova Democracia ainda não encontrou, na internet, um pronunciamento do PCI (Maoista), mas segue apurando e enriquecerá essa matéria no caso de qualquer atualização. O primeiro-ministro Narendra Modi e o ministro do Interior da União, Amit Shah, comemoraram a chacina. Shah a classificou como um “marco na batalha para eliminar o naxalismo”. Contudo, informações sobre o PCI (Maoista) disponíveis na internet apontam para um exagero na fala dos ministros: segundo dados de 2017 do jornal monopolista Al Jazeera, o PCI (Maoista) e o EGPL podem ter até 25 mil quadros espalhados por todo o país, e não houve nenhuma reviravolta substancial na Revolução Indiana que pudesse causar uma diminuição nesse número nos últimos oito anos. Nesse sentido, mesmo que o assassinato de Basavaraju seja uma reviravolta e demande reorganização, o PCI (Maoista) tem plenas condições de manter a Revolução em curso e enfrentar as sanguinárias operações do Estado indiano. 

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Quem era Keshava Rao? 

Basavaraju era o secretário-geral do PCI (Maoista) desde 2018. Antes de assumir o cargo, ele foi secretário da Comissão Militar Central. Ele era conhecido por ser um capaz dirigente político e militar, tendo planejado e organizado importantes ataques e emboscadas realizadas pelo EGPL. O Estado indiano acusa Basavaraju de estar por trás da emboscada ao 27 integrantes do grupo paramilitar fascista Salwa Judum, inclusive seu líder Mahendra Karma, e da emboscada que matou 74 policiais da Força de Polícia da Reserva Central em abril de 2010. 

De acordo com o monopólio de imprensa indiano, Basavaraju virou militante em 1984, quando ingressou nas fileiras do então Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) Guerra Popular. Ele deixou para trás a graduação que fazia no Instituto Nacional de Tecnologia, passou à clandestinidade e se dedicou à luta revolucionária. Em 1987, participou de treinamentos militares e continuou foi eleito para o Comitê Central do PCI (M) em 1992. Depois que o PCI (Marxista-Leninista) Guerra Popular se fundiu com Centro Comunista Maoista da Índia (CCMI) para formar o PCI (M), Basavaraju foi indicado à Comissão Militar Central.

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