A Ação Anti-Imperialista da Irlanda (AAI) e os Republicanos Socialistas Irlandeses (RSI) divulgaram uma “declaração de ano novo”, publicada no dia 1° de janeiro, na qual saúdam as lutas de libertação nacional ao redor do mundo, assim como a reconstituição de Partidos Comunistas ao redor do mundo sob o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo.
“A direção da Ação Anti-Imperialista da Irlanda e os Republicanos Socialistas Irlandeses estendem saudações de solidariedade aos nossos membros e apoiadores no país e no exterior e agradecemos o seu profundo compromisso e trabalho duro em nossos esforços para reconstruir a luta pela libertação nacional e pelo socialismo na Irlanda nos últimos 12 meses, e pedimos que redobremos nossos esforços em 2020”, iniciam na declaração.
“Nesta época do ano”, continuam, “também estendemos nossa solidariedade a todos os prisioneiros de guerra republicanos irlandeses, e a todos os prisioneiros revolucionários e anti-imperialistas em todo o mundo que se encontram presos por ousarem lutar contra o capitalismo e o imperialismo”. Os revolucionários reafirmam ainda sua solidariedade a todos os movimentos revolucionários que lutam pela libertação nacional e pelo socialismo em todo o mundo, e em particular aos combatentes da Frente Popular de Libertação da Palestina, que continuam a combater pelo fim da ocupação sionista.
“Enviamos ainda saudações revolucionárias ao Movimento Comunista Internacional e às forças que estão reconstituindo Partidos Comunistas maoístas em todo o mundo, da França ao Brasil, da Alemanha à Noruega, e enviamos nosso apoio fraterno e nossa solidariedade aos revolucionários e partidos que atualmente dirigem as Guerras Populares Prolongadas, do Peru à Índia, da Turquia às Filipinas. Suas lutas são nossa luta contra o velho mundo, para a criação do novo”, cravam os revolucionários irlandeses.
Eles também saúdam os jovens da organização de juventude Macradh-Irish Socialists Republicans (ou Macradh, Juventude dos Republicanos Socialistas irlandeses), afirmando que “os jovens sempre desempenharam um papel decisivo na resistência revolucionária e Macradh tem um papel importante em desempenhar na reconstrução da luta pela libertação nacional e pelo socialismo, afastando os jovens do revisionismo e das táticas fracassadas do passado e organizando-os para a Revolução”.
A situação na Irlanda hoje
Após as saudações, os militantes colocam que, no alvorecer de uma nova década, a Irlanda continua a ser ilegalmente ocupada e subjugada: “Ao começarmos 2020, a Irlanda continua a ser uma colônia e semicolônia, e a contrarrevolução que começou em 1922 para suprimir a nossa República Popular continua a oprimir e a explorar o proletariado irlandês”.
“A Irlanda continua a ser uma colônia porque seis dos nossos condados estão sob uma ocupação militar direta do imperialismo britânico”, explicam. “O imperialismo britânico usa essa ocupação para ter controle semicolonial sobre o Estado livre dos 26 condados, juntamente com a União Européia e o imperialismo ianque. Uma classe de capitalistas locais em ambos os Estados ilegais administra a Irlanda em nome do imperialismo, forrando seus bolsos através da exploração e opressão da classe proletária irlandesa”.
“Enquanto a Irlanda permanecer sob o domínio do imperialismo estrangeiro, haverá uma situação revolucionária na Irlanda e a principal contradição enfrentada pela classe operária em 2020 continua a ser o avanço bem sucedido da luta pela libertação nacional e pelo socialismo”, afirmam. Em suma, dizem eles, “a Grã-Bretanha, a União Europeia e o imperialismo norte-americano não têm o direito de estar na Irlanda e a única atitude honrosa é a atitude da Resistência”.
Uma Estratégia para a Revolução
Os revolucionários afirmam que é necessário na Irlanda uma prolongada luta popular contra o imperialismo e a contrarrevolução, e a construção de um movimento popular para constituir a República de Toda Irlanda.
“Ao dar nossa lealdade à República”, dizem eles, “a AAI e o RSI defendem o princípio da Abstenção dos Parlamentos Imperialistas em Bruxelas e Westminster, dos parlamentos fantoches pró-imperialistas em Stormont e Leinster House e do sistema de condados e conselhos municipais que sustentam os sistemas capitalistas e imperialistas podres da Irlanda”.
Os revolucionários defendem um boicote ativo às eleições burguesas na Irlanda, juntamente à chamada “sondagem de fronteira” britânica, sobre a questão inalienável e não judicial da Soberania Irlandesa.
“Não podemos implorar ao imperialismo pela nossa liberdade, nem devemos. Referendos e sondagens de fronteira são as aspirações dos derrotados. Podemos construir ativamente a República Popular hoje. Esta é a verdadeira estratégia para uma revolução na Irlanda e é o dever de todos os republicanos defendê-la e começar o trabalho duro”, concluem os revolucionários irlandeses.