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Agentes a mando da prefeitura (que prometeu “cuidar das pessoas”) reprimiram e apreenderam mercadorias dos camelôs que trabalham de modo informal no bairro do Meier, na zona norte do Rio de Janeiro, em 3 de dezembro. Os trabalhadores tiveram suas mercadorias apreendidas, dentre elas, carrocinhas de lanches, bicicletas, trailers e outros objetos. A operação teve início às 10h30.
Segundo relatos de pessoas que preferiram não se identificar, a Guarda Municipal, a Subsecretaria de Operações, a Secretaria Municipal de Ordem Pública e equipes Coordenadoria de Controle Urbano (CCU) agiram de forma truculenta e desrespeitosa, fazendo a apreensão até de camelôs que possuíam autorização para trabalhar no local.
A fiscalização contou com a ajuda de micro-ônibus e caminhões-baú devido à quantidade de mercadorias apreendidas. Foram mobilizados também agentes do Grupamento de Operações Especiais (GOE), com escudos e cassetetes para reprimir os trabalhadores.
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“Pegaram a mercadoria de todos. Quem tem autorização, quem tem autorização auxiliar e quem não tem autorização perdeu todas as mercadorias. Mais de 30 carros e micro-ônibus deram apoio à fiscalização. É muito chato, a gente vive numa crise econômica, muito desemprego, as pessoas vêm para a informalidade e acabam sendo perseguidas pela prefeitura como se estivessem roubando. Perderam muita coisa, muita, muita coisa mesmo”, disse Maria Carmo, do Movimento Unido dos Camelôs, em entrevista para a equipe de AND.
Nas redes sociais, ela escreveu: “Hoje o prefeito Marcelo Crivella resolveu ‘cuidar das pessoas’ no Méier. Com a crise e o desemprego muito grandes, a única alternativa dos desempregados é entrar na informalidade. A solução da prefeitura é essa violência para com os trabalhadores honestos. O que resta para esse povo que não tem emprego?”.
Hoje, o elevado grau de desemprego (hoje, 28 milhões de pessoas somando os desalentados e subocupados) lança à informalidade mais de 40 milhões de pessoas como única fonte de renda e de sobrevivência.
Com a chegada das festas de fim de ano, os trabalhadores informais se veem mais uma vez sem perspectiva de vida e sem esperança, já que com essa fiscalização e com a perca de todo seu dinheiro investido acabam sem perspectiva para um recomeço lançados novamente a própria sorte.
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