Foto: Patrick Granja/AND
Repercutimos a seguir nota publicada na página virtual do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) sobre a manifestação de familiares que exigem justiça para Andreu Carvalho. O jovem 16 anos foi barbaramente torturado e assassinado por 6 agentes do Sistema Sócio Educativo (Degase CTR) no ano de 2008.
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo), junto a movimentos sociais e ativistas que defendem os direitos do povo, como as mães e familiares de vítimas de violência policial e a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, convocou e participou no dia 8 de outubro, de um Ato em frente ao Palácio da Justiça do Rio de Janeiro que exigia justiça e punição para os assassinos do jovem Andreu Luiz Carvalho, agredido, torturado e morto por agentes do Departamento Geral de Ações Socio-Educativas (DEGASE CTR) no dia 1º de Janeiro de 2008. Andreu teve traumatismo craniano, hemorragia das meninges, perfurações pelo corpo, afundamento de crânio, descolamento da retina dos olhos e inúmeras outras evidências claras da sessão de tortura a qual o jovem foi submetido. Desde então, a mãe de Andreu, Deize Carvalho, iniciou uma luta árdua contra o Estado, por Justiça para os assassinos de seu filho.
O ato, contando com a combativa participação da Deize, se iniciou algumas horas antes de uma audiência marcado para o mesmo dia (audiência que já havia sido adiada outras vezes, para beneficiar os réus). Com auxílio de um aparelho de som, Deize pôde denunciar para os transeuntes todos os crimes que o Estado cometeu contra seu filho e sua família. Faixas haviam sido estendidas que, em conjunto com as falas atraia a atenção de quem passava, levantando indignação pelos crimes dos agentes do DEGASE e apoio à Deize.
Horas depois do início do Ato, os participantes subiram o prédio do Fórum para acompanharem a audiência das testemunhas dos réus e dos próprios réus. Após um longo atraso, porém, graças a falta de uma das testemunhas, a audiência foi novamente adiada, dessa vez para 8 de Fevereiro de 2019. Colaborando ainda mais para impunidade dos criminosos.
A versão preliminar dada pelo Degase ao caso foi de que Andreu tentou fugir e caiu de um muro de 3 metros. A promotoria tenta se utilizar das amplas provas materiais para condenação e comprovação de que Andreu foi agredido e torturado até a morte.
Para mais informações, acessar o seguinte link: https://anovademocracia.com.br/no-40/1536-agentes-de-qreabilitacaoq-torturam-jovem-ate-a-morte