Foto: Imagens da destruição feita por agentes do Bope. Reprodução.
Moradores acusam agentes do famigerado Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar de torturar algumas pessoas, destruir equipamentos musicais e roubar celulares, dinheiro e bebidas de comerciantes durante um pagode na Rua Euclides da Rocha, próxima a Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, em 30 de outubro.
Durante a operação policial na região, pelo menos três pessoas foram baleadas, incluindo a jovem Gabriele, de 23 anos, atingida na barriga, e o adolescente Robson Jerônimo, 18 anos, atingido pescoço. Além disso, os moradores denunciam que um cachorro morreu atropelado por um blindado da PM e que os policiais já chegaram atirando e agredindo qualquer um que passava em sua frente.
Relatos apontam ainda que cerca de 200 pessoas participavam do pagode, incluindo crianças, que também foram agredidas. Mulheres teriam sido chamadas de “piranhas” pelos policiais por estarem “aquela hora na rua”. Imagens filmadas pela população local mostram o resultado da destruição. Quem tentava fugir da selvageria do Bope e se escondia nas lojas, era espancado de forma covarde.
Em reunião com o comandante da falida Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), uma adolescente de 16 disse que foi agredida com tapas no rosto e outra jovem de 19 anos chegou a mostrar marcas de agressão na cabeça e nas costas, adquiridas por tapas e uma coronhada de fuzil.
Como temos denunciado a cada edição impressa de AND, os crimes contra o povo e a selvageria policial contra a população pobre das favelas do Rio têm aumentado exponencialmente como parte do incremento da guerra civil reacionária desencadeada pelas classes dominantes contra o povo brasileiro. O que ocorre nos bairros pobres da capital fluminense é o terrorismo de Estado e uma política de extermínio escancarada, e os aparatos policiais genocidas têm carta branca para assassinar.