RJ: Camelôs combatem covardia da Guarda Municipal em protesto e apedrejam viaturas

No dia 3 de julho, camelôs se revoltaram contra apreensões de suas mercadorias e agressões pela Guarda Municipal (GM), na partida entre Flamengo e Olimpia, pela Copa Libertadores, no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro.
Camelôs protestam contra roubo de mercadorias no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução
Camelôs protestam contra roubo de mercadorias no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução
Camelôs protestam contra roubo de mercadorias no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

RJ: Camelôs combatem covardia da Guarda Municipal em protesto e apedrejam viaturas

No dia 3 de julho, camelôs se revoltaram contra apreensões de suas mercadorias e agressões pela Guarda Municipal (GM), na partida entre Flamengo e Olimpia, pela Copa Libertadores, no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro.

No dia 3 de julho, camelôs se revoltaram contra apreensões de suas mercadorias e agressões pela Guarda Municipal (GM), na partida entre Flamengo e Olimpia, pela Copa Libertadores, no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro. Eles bloquearam vias e combateram a repressão da GM durante toda a tarde. Uma camelô foi ferida pelos agentes e teve de ser levada ao hospital.

A avenida Marechal Rondon, em frente ao Maracanã, virou um verdadeiro campo de batalha entre os trabalhadores informais e a GM. Em defesa do direito de trabalhar, os camelôs bloquearam a avenida, entoaram palavras de ordem e combateram as tropas da GM que tentavam apreender as mercadorias. Os camelôs foram alvejados ainda por balas de borracha, bombas de gás e efeito moral e espancamentos de cassetete, mas revidaram a repressão com o uso de pedras. Uma viatura foi apedrejada no curso da manifestação.

As covardias dos agentes de repressão contra os camelôs já é realidade cotidiana conhecida pelas massas cariocas. Nos meios virtuais, diferentes pessoas expressaram solidariedade à luta dos camelôs. Um internauta afirmou, sobre a GM: “Maior ódio desses caras. Jogaram um gás de pimenta na estação do Maracanã. Uma menininha de no máximo 4 anos chorando pra caraca por conta do gás, tudo porque não querem deixar os camelôs trabalhar. Lixos!”. Outro, em denúncia ao prefeito reacionário Eduardo Paes, disse: “Esse maldito odeia ver pobre tentando levar o sustento pra casa.”.

Os camelôs denunciaram, ainda, que não receberam os lacres para retirar suas mercadorias e carroças dos depósitos da prefeitura, denunciando a “apreensão” enquanto um roubo de fato.

Massas se rebelam contra desemprego e miséria

O trabalho informal, entre eles o de camelô, é a atividade para a qual milhares de massas desempregadas recorrem para ter algum sustento no Brasil. No segundo trimestre deste ano, encerrado em junho, o desemprego no país – nos dados oficiais e subestimados do IBGE – só diminuiu mediante um aumento da informalidade. 

A taxa de informalidade na força de trabalho brasileira foi de 39,2% no segundo trimestre. Houve, ainda, uma alta de 2,6% no número de trabalhadores domésticos, que ficou em  5,8 milhões. Além disso, são 25,2 milhões de pessoas na categoria de “trabalhadores por conta própria”. Enquanto isso, comparado a junho do ano passado, o crescimento de vagas com carteira assinada baixou 45%.

É uma situação sufocante para o povo, que além de não ter qualquer garantia de emprego, é constantemente acossado e roubado pelas forças de repressão do velho Estado. Soma-se ao desemprego e à precariedade dos chamados “bicos”, o desinvestimento brutal em todos os setores sensíveis para as massas no País pelo antigo teto de gastos e que promete ser agravado com o novo “arcabouço fiscal” de Luiz Inácio (PT). Nos últimos dias, ministérios responsáveis pela Saúde, Educação e políticas assistencialistas como o Bolsa Família receberam cortes de centenas de milhões de reais pelo governo oportunista de Luiz Inácio em aliança com o “Centrão”. Tudo isso configura uma verdadeira situação explosiva e revolucionária para o povo, onde fica cada vez mais claro que a rebelião se justifica.

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