RJ: Camelôs realizam nova manifestação pelo direito de trabalhar

O protesto faz parte de uma grande jornada de luta que os ambulantes que trabalham na rua Uruguaiana, ponto histórico de venda dos ambulantes no centro da cidade, vem travando contra a criminalização de sua atividade por parte do governo de Eduardo Paes e Cláudio Castro.
Camelôs voltam a protestar pelo direito de trabalhar. Foto: Banco de Dados AND

RJ: Camelôs realizam nova manifestação pelo direito de trabalhar

O protesto faz parte de uma grande jornada de luta que os ambulantes que trabalham na rua Uruguaiana, ponto histórico de venda dos ambulantes no centro da cidade, vem travando contra a criminalização de sua atividade por parte do governo de Eduardo Paes e Cláudio Castro.

No dia 1° de abril, os camelôs bloquearam parcialmente a Avenida Presidente Vargas, principal via do centro do Rio de Janeiro, em mais uma destacada manifestação contra a repressão da prefeitura e pelo direito de trabalhar. O protesto faz parte de uma grande jornada de luta que os ambulantes que trabalham na rua Uruguaiana, ponto histórico de venda dos ambulantes no centro da cidade, vem travando contra a criminalização de sua atividade por parte do governo de Eduardo Paes e Cláudio Castro.

A manifestação teve início às 10h e partiu da Uruguaiana até Avenida Presidente Vargas, interditando duas faixas da principal avenida do centro da cidade. Em marcha em direção à prefeitura, os camelôs ergueram faixas com as frases Pelo direito de trabalhar e gritaram palavra de ordem como Camelô, unido, jamais será vencido, Libera a Uruguaiana, Camelô não é ladrão e O camelô é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo.

Nesse protesto, a resposta do governo e da prefeitura foi a de sempre: o envio da polícia para reprimir os manifestantes que exigiam o direito ao trabalho. Em certos momentos, policiais militares (PMs) tentaram intimidar os trabalhadores para que eles desobstruíssem as faixas e liberassem o trânsito, mas a tática não funcionou. Os manifestantes se mantiveram na rua em defesa de seus direitos.

Os manifestantes seguiram com o bloqueio até em frente ao prédio da prefeitura, na Cidade Nova. Em falas e palavras de ordem, eles condenaram o governo de Claudiao Castro e a prefeitura de Eduardo Paes, e prometeram continuar com a organização de novas manifestações e outras formas de luta até que todos os camelôs tenham seu direito de trabalhar garantido.

Luta prolongada

Essa manifestação faz parte de uma série de protestos organizados pelos camelôs para defender o direito de trabalhar. Os camelôs da Uruguaiana estão sendo ameaçados pelos planos da prefeitura que pretendem permitir somente 75 camelôs nas bancas da rua Uruguaiana, lançando os outros mais de cem trabalhadores ao desalento. 

A decisão de quem poderia trabalhar, que afeta brutalmente a vida dos trabalhadores, foi tomada por meio de um “sorteio” organizado pela prefeitura. Assim, em vez de permitir a continuidade do trabalho dos camelôs na Uruguaiana ou fornecer alternativas reais de emprego para esses vendedores, a prefeitura preferiu decidir pelo “azar” quem poderia ou não permanecer na região para exercer o direito ao trabalho. É, na verdade, uma tentativa clara de dividir os camelôs ao tentar colocá-los uns contra os outros e, assim, diminuir a frequência dos protestos. Até agora, os planos falharam miseravelmente, uma vez que os trabalhadores seguem unidos em uma luta constante pelos seus direitos. 

De acordo com os camelôs, o sorteio ainda foi realizado baseado em critérios que não representam os interesses daqueles que trabalham no local. Neste sentido, vem sendo duramente criticada a falta de diálogo da prefeitura com os trabalhadores.

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