RJ: Camelôs resistem com barricadas e enfrentam repressão policial

No dia 9 de maio, camelôs e entregadores por aplicativo de Copacabana e Tijuca, na capital do Rio de Janeiro, protestaram com barricadas e confrontos contra os agentes da Guarda Municipal (GM), que mais uma vez confiscou suas mercadorias, agrediu e prendeu arbitrariamente trabalhadores.
Camelôs incendeiam barricada contra repressão policial. Foto: Reprodução
Camelôs incendeiam barricada contra repressão policial. Foto: Reprodução
Camelôs incendeiam barricada contra repressão policial. Foto: Reprodução

RJ: Camelôs resistem com barricadas e enfrentam repressão policial

No dia 9 de maio, camelôs e entregadores por aplicativo de Copacabana e Tijuca, na capital do Rio de Janeiro, protestaram com barricadas e confrontos contra os agentes da Guarda Municipal (GM), que mais uma vez confiscou suas mercadorias, agrediu e prendeu arbitrariamente trabalhadores.

No dia 9 de maio, camelôs e entregadores por aplicativo de Copacabana e Tijuca, na capital do Rio de Janeiro, protestaram com barricadas e confrontos contra os agentes da Guarda Municipal (GM), que mais uma vez confiscou suas mercadorias, agrediu e prendeu arbitrariamente trabalhadores. Operações da GM de “fiscalização” que terminam em roubos e desrespeito ao trabalhador ainda mais frequentes desde que Eduardo Paes (PSD) assumiu a prefeitura da cidade em 2020.

No bairro de Copacabana, no período da noite, camelôs resistiram madrugada adentro contra a GM que, novamente, promoveu roubos das mercadorias dos ambulantes e agressões. Os guardas da fiscalização ainda atiraram spray de pimenta contra uma trabalhadora, que desmaiou no chão, e tentaram atropelar outra camelô.

Nos vídeos do ocorrido, é possível ouvir a massa denunciando a polícia: “Bando de safados covardes!” e “Tudo ladrão!”. Contra a ação covarde, os camelôs da orla construíram uma barricada em chamas, quebraram os vidros de uma viatura e feriram um agente reacionário da Coordenadoria de Controle Urbano. 

Mais cedo, no bairro da Tijuca, o entregador de aplicativo Renato Luciano dos Santos, de 28 anos, foi espancado pela GM após avisar aos camelôs próximo à praça Seans Peña que a “rapa” (como é conhecida a fiscalização) estava chegando para confiscar os produtos. 

Na ocasião, dois agentes da GM que viram o trabalhador ajudando os ambulantes deram-lhe um tapa no rosto, o imobilizam no chão e pisaram em seu pescoço. Os guardas cessaram o espancamento apenas diante dos camelôs e transeuntes protestando contra as agressões.

Informalidade e desemprego

No trimestre entre julho e setembro de 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade no Brasil era de 40%. Nos dados, que são subestimados por conta da própria metodologia utilizada pelo Instituto, o estado do Rio de Janeiro (RJ) apresenta quase a mesma taxa de informalidade que a nacional, abarcando um total de 3 milhões de pessoas. Antes da pandemia de Covid-19, a informalidade no RJ aumentou 24,13% enquanto a nível nacional avançou 8,33%. De 2015 para 2019, o índice de informalidade no Rio de Janeiro passou de 0,29 para 0,36 pontos.

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