O comandante do 2° Batalhão de Polícia Militar, localizado no bairro de Botafogo e ex-porta voz da PMERJ, o tenente-coronel Ivan Blaz foi flagrado invadindo um prédio no Flamengo, zona sul do Rio, onde torturou o porteiro e invadiu a residência da síndica. O caso aconteceu no dia 10 de janeiro e o militar foi exonerado do comando do batalhão na última sexta (17/1).
O policial chegou em frente ao prédio localizado na Avenida Rui Barbosa, com a camisa na cabeça, bermuda, chinelo, um copo na mão e acompanhado de uma mulher. Blaz ameaçou o porteiro inúmeras vezes para deixá-lo entrar sem qualquer autorização. Enquanto ameaçava o trabalhador, o PM bebia e beijava a mulher.
Em defesa, o policial alegou ter recebido uma denúncia anônima de que o líder do Terceiro Comando Puro (TCP), Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, estaria no prédio, no apartamento do seu pai, de 70 anos.
Se aproveitando da movimentação do prédio, Blaz e a mulher entraram no prédio, imobilizaram o porteiro e forçaram-no a dar a informação. O PM teria falado “Para de sacanagem, você sabe”, enquanto a pessoa que o acompanhava falava em tom de ameaça “Deixa que na hora certa você vai falar, a hora de você colaborar passou”.
Segundo informações do monopólio de imprensa Globo, os policiais teriam ainda invadido a casa da síndica e a agredido.
Ao ser procurada pelo Jornal O Dia, a PM afirmou que o secretário da PM do estado, o coronel Marcelo de Menezes teria transferido Blaz para a Diretoria de Pessoal Geral da PM, apenas exonerando-o do cargo de comandante do 2° Batalhão.