Centenas de jornais foram distribuídos para os trabalhadores de São Gonçalo. Foto: Gabriel Pippi.
No dia 25 de Fevereiro, por volta das 11h da manhã, em frente ao Pólo Sanitário Washington Luiz Lopes, no município de São Gonçalo, foi realizada uma brigada de distribuição de edições antigas do jornal A Nova Democracia.
Os ativistas dos comitês de apoio do Rio de Janeiro e de Niterói, assim como apoiadores da causa, se juntaram para realizar a distribuição. Foram entregues às massas cerca de 450 jornais em mais ou menos 2 horas.
Os apoiadores do Jornal levaram uma faixa com as palavras Vacina para o povo Já e realizaram uma grande agitação denunciando os crimes da classe dominante e suas farras com o dinheiro do povo a exemplo dos Militares regados a cerveja e picanha.
Os trabalhadores ficaram muito interessados na linha combativa do jornal. Foto: Gabriel Pippi.
Foram entoadas palavras de ordem como:
Estado Fascista ao povo não enrola, Vacina para o povo é direito e não esmola!
Vacina para o povo Já!
Abaixo o governo militar genocida!
A brigada do Jornal, assim como a agitação pelo direito à vacina para o povo, foi recebida pelas massas com muita combatividade e espírito de luta. Fato que se prova pelo número de contatos que foram adquiridos.
O objetivo era o de denunciar a sabotagem da vacinação promovida pelo Governo Bolsonaro/generais tendo como seu grande exemplo o Carniceiro general Pazuello, ministro da saúde, como também demonstrar solidariedade ao povo.
Uma faixa exigindo Vacina para o povo já foi estendida durante a brigada. Foto: Gabriel Pippi.
A política genocida e anti povo do Estado repercute em cada um dos municípios do país como desgraça e humilhação. Na ocasião do dia 25, idosos denunciaram o descaso da prefeitura de São Gonçalo, presidida pelo Capitão Nelson, com as vacinas. Dona Célia, de 82 anos, denunciou que esse era o segundo dia na semana que ela ia para a casa sem a vacina. Como Dona Célia, haviam muitos outros idosos em busca do seu direito pela vacina, porém os hospitais de vacinação em São Gonçalo suspenderam a vacinação da primeira dose da vacina por falta de doses. A vacinação no município já foi suspensa ao menos duas vezes desde seu início no dia 20 de Janeiro. Diversas outras injustiças como: as longas filas que se formaram em volta do hospital onde idosos de 80 anos haviam de esperar mais de 1 hora embaixo do sol quente, assim como a falta de informação por parte da prefeitura de quando retornaria a vacinação da primeira dose, foram relatadas pelas massas.
Foto: Gabriel Pippi.
Todas as denúncias destes crimes de Estado foram feitas com um espírito de indignação e fúria, o que explica a entusiasta recepção daquelas massas com a linha política do jornal AND. As massas da região ansiavam por serem ouvidas, pois enquanto a prefeitura de São Gonçalo, assim como o monopólio de mídia, noticia a enganosa propaganda da eficácia da vacinação na região, e superficialmente os particulares “erros” de gestão, o que ouvimos e pudemos ver foi o completo descaso planificado com a saúde do povo.
Foto: Gabriel Pippi.
Cada vez mais repressão
Enquanto as massas sofrem para conquistar seu direito à vacinação, com a administração de Capitão Nelson, ex-PM, desde o início do ano foram mortas 13 pessoas e 426 tiroteios registrados. Diversas operações policiais foram promovidas, inclusive no mesmo dia 25, Emily Dias Santos, uma jovem de 16 anos, foi baleada quando ia para casa.
Com a crise da vacinação e o escandaloso aumento da violência policial na região, a promessa de Capitão Nelson por “focar em saúde e segurança pública”, ao que tudo indica, permanecerá nas palavras em relação a saúde e em operações policiais sanguinárias em relação a segurança.
Diante disso, a postura dos comitês não pode ser outra se não a de lutar juntamente com as massas pelos seus direitos mais básicos, como o da vacina. E expressar ódio profundo pelos bárbaros crimes cometidos pelos governos de turno, e especificamente este governo de Bolsonaro/generais que prova mais uma vez que Eleição é Farsa e que para o povo só resta a luta e sua organização.