Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, iniciou no dia 20/05 uma operação para remover 40 tendas do Camelódromo da Rocinha. Em meio à maior crise econômica mundial já vivida nos últimos tempos, trabalhadores se veem sendo desalojados, pois a retirada é consequência de um pedido da Igreja Universal.
A demolição começou após ordem do prefeito reacionário que deu um prazo de 24h para lojistas saírem do camelódromo. Muitas famílias perderão sua principal fonte de renda em meio à pandemia de coronavírus e severa crise econômica, mais uma covardia com as massas trabalhadoras. A demolição contou com a ajuda da Polícia Militar (PM).
O município alega precisar abrir uma rua cortando o mercado popular para a passagem de ambulâncias e, segundo a prefeitura, a ordem era para retirar “no prazo de 24h todos os equipamentos e pertences que se encontrem em seu interior”.
Tudo se deve à instalação de um centro de imagem na igreja, na Estrada da Gávea, na parte baixa da comunidade.
Os pequenos comerciantes revoltados com o abandono por parte da prefeitura dizem que a demolição é desnecessária, porque uma rua ao lado do espaço já permite a passagem de ambulâncias. Na tarde de 18/05, os pequenos comerciantes fizeram um protesto e tentaram se reunir com o secretário de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, que estava no local, mas não conseguiram.
No dia 19/05 houve uma reunião entre tais comerciantes do Mercado Popular da Rocinha e representantes da Prefeitura do Rio; os camelôs fizeram uma manifestação em frente à sede da Igreja Universal. No camelódromo, funcionam 216 boxes, onde cerca de 800 pessoas trabalham.
Policiais dando apoio a demolição dos boxes na rocinha. Foto: jornalfalaroca