RJ: Em meio a batalha campal, Comitê de Lutas da UFF ocupa reitoria e garante pautas

No dia 13 de novembro, estudantes que fazem parte do Comitê Independente de Lutas da UFF (CILU-UFF) ocuparam a reitoria da universidade durante um protesto no qual exigiram reformas emergenciais nos prédios da universidade e uma audiência pública com o reitor para ter explicações imediatas sobre o estado físico da instituição.
Estudantes conseguiram reivindicação após ocupação de reitoria. Foto: Banco de Dados AND

RJ: Em meio a batalha campal, Comitê de Lutas da UFF ocupa reitoria e garante pautas

No dia 13 de novembro, estudantes que fazem parte do Comitê Independente de Lutas da UFF (CILU-UFF) ocuparam a reitoria da universidade durante um protesto no qual exigiram reformas emergenciais nos prédios da universidade e uma audiência pública com o reitor para ter explicações imediatas sobre o estado físico da instituição.

No dia 13 de novembro, estudantes que fazem parte do Comitê Independente de Lutas da UFF (CILU-UFF) ocuparam a reitoria da universidade durante um protesto no qual exigiram reformas emergenciais nos prédios da universidade e uma audiência pública com o reitor para ter explicações imediatas sobre o estado físico da instituição. A manifestação foi reprimida fortemente por seguranças armados e outros funcionários da reitoria, e terminou em uma verdadeira batalha campal entre os estudantes e os guarda-costas da burocracia universitária.

A concentração do protesto começou por volta de 13h30 no campus Gragoatá, onde os estudantes se organizaram em bloco e saíram em protesto pelas ruas de Niterói até a reitoria. Ao chegarem na universidade, os estudantes foram recebidos logo de cara por um grande contingente de seguranças que fizeram um cordão de isolamento do prédio, além de fecharem as entradas para o teatro e cinema da UFF que também ficam no local. Um funcionário tentou se livrar dos estudantes ao afirmar que o reitor não tinha ido trabalhar e que não ia receber os manifestantes, mas os alunos se recusaram a sair e afirmaram só deixariam o local com garantias oficiais de que o reitor iria comparecer à audiência pública sobre a questão estrutural da universidade no Campus Gragoatá, o maior da UFF. 

Estudantes enfrentaram repressão durante protesto. Foto: Banco de Dados AND
Estudantes ocuparam reitoria por quatro horas. Foto: Banco de Dados AND
Estudantes conseguiram reivindicação após ocupação de reitoria. Foto: Banco de Dados AND

Desconcertados frente a firme resistência dos estudantes, os seguranças logo começaram a tentar intimidar a massa estudantil com xingamentos e fotografias Em resposta às arbitrariedades, os estudantes liderados pelo CILU-UFF resolveram ocupar todo o espaço da reitoria até que as garantias fossem assinadas oficialmente. 

Bancos foram movidos e barricadas foram erguidas nas saídas pelos alunos que se lançaram à tentativa de entrar no prédio ainda isolado pelos seguranças. Os guarda-costas da burocracia logo iniciaram agressões físicas contra os alunos, e uma batalha se generalizou nas várias frentes do prédio. Estudantes foram agredidos com socos, empurrões e mata-leões pelos seguranças, e um chegou a ter uma arma de fogo apontada para si, mas nenhum dos atos de repressão conseguiu conter a rebelião. A batalha foi assistida de perto pelo superintendente da pró-reitoria de administração da UFF, Mário Augusto Ronconi, conhecido pelos estudantes como “capacho do reitor”, e que ordenou que um segurança desse um mata-leão em um estudante e saiu de cena aos risos.

Mas, ao final, quem ri por último, ri melhor: apesar de toda a brutalidade, os estudantes lograram a ocupação e, após quatro horas, conseguiram o que exigiam. A audiência pública com o reitor foi marcada de forma oficial para o dia 29 de novembro no Bloco P do campus Gragoatá. Para os estudantes, a vitória foi muito importante para a luta por melhores condições estruturais na universidade e contra o sucateamento da instituição, além de comprovar o caminho da luta combativa e independente como única garantia dos direitos e interesses dos estudantes.

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