RJ: Estudantes da UERJ elevam sua mobilização contra ataques da Reitoria

Membros da reitoria ordenaram desocupação do prédio. Foto: Banco de Dados AND

RJ: Estudantes da UERJ elevam sua mobilização contra ataques da Reitoria

Estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) resistiram no dia 12 de setembro à tentativa de desocupação da universidade ordenada pela reitoria reacionária de Gulnar Azevedo um dia antes.

Logo após a intimidação de Gulnar, os estudantes ocupantes convocaram outros alunos a tomarem parte em vigias noturnas e em uma nova manifestação, realizada às 9 horas da manhã no campus Maracanã. Mais de 200 estudantes se juntaram em defesa da ocupação. 

Durante a noite, os estudantes reforçaram suas barricadas e intensificaram a vigia, se precavendo de novas investidas da reação. Atividades como cine debates e aulas públicas também foram realizadas. Às 7 horas da manhã, os estudantes já estavam se mobilizando para intensificar a defesa da ocupação. 

Após o fim do ato, enquanto muitos estudantes estavam almoçando no restaurante universitário, os membros da reitoria fizeram rondaram a universidade cercados por dezenas de seguranças, a maioria terceirizados.

Durante a marcha, diversos estudantes rechaçaram as medidas antipovo da reitoria e enfrentaram a intimidação de membros da própria Reitoria, pela chefia da empresa de segurança terceirizada Conquista e pelos seguranças concursados, chamados pelos estudantes de “capa preta”.

Vigilantes denunciaram à página Invisíveis que, atendendo à pressão pela desocupação, a empresa retirou as escalas de trabalho e orientou seus funcionários a forçarem a desocupação, colocando-os em confronto com os estudantes, se necessário. Os terceirizados afirmam que a chefia da empresa vem intensificando os assédios morais para que estes apliquem práticas cada vez mais cerceadoras. 

Após a marcha, comparada pelos estudantes à Marcha pela Família com Deus pela Liberdade dos fascistas de 1964, a reitoria promoveu um novo ataque aos estudantes e processou nominalmente estudantes negros, por lutarem contra o corte de suas bolsas. 

À noite, membros da extrema-direita provocadora foram até a UERJ para tentar intimidar a luta estudantil e assediar estudantes mulheres. Os estudantes se impuseram e colocaram o bando para correr.

A luta estudantil, que deu saltos de combatividade após a manifestação da última quinta-feira (05), vem ganhando cada vez mais adesão. Enquanto a reitoria insiste em intensificar seus ataques, os estudantes elevam suas capacidades organizativas. 

Uma nova manifestação está marcada para as próximas horas, com concentração às 17 horas no portão 5, na Rua São Francisco Xavier.  

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