RJ: Estudantes de Arquitetura e Urbanismo protestam contra condições dos prédios da UFRJ

RJ: Estudantes de Arquitetura e Urbanismo protestam contra condições dos prédios da UFRJ

Incêndio atingiu prédio da UFRJ em 2017. Estrutura tinha mais de 50 anos e nunca havia passado por reformas. Foto: Antônio Scorza

Estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizaram um protesto contra as condições dos prédios da universidade no campus Fundão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. O protesto ocorreu no dia 17 de dezembro.

No protesto, cerca de 100 estudantes de diversos cursos levaram cartazes e fizeram falas para cobrar o Ministério da Educação (MEC) e o governo federal para que tomem providências e façam uma reforma no local.

A universidade retornou às atividades presenciais na segunda metade de novembro, e desde então os alunos da UFRJ estão fazendo campanhas em suas redes sociais alertando sobre os riscos do espaço e indicando receio de estudar em prédios com infraestrutura defeituosa.

O prédio Jorge Machado, que sedia o curso de arquitetura e urbanismo, assim como também a sede da reitoria, já sofreu com dois casos de incêndios nos últimos cinco anos. Um laudo de habitabilidade feito pela própria universidade em maio de 2021 alertava para as condições do edifício. Foi constatado que há risco de incêndio devido ao estado das instalações elétricas.

“É uma coisa que tem preocupado muito a gente. A gente tomou conhecimento maior disso há mais ou menos um mês, e desde então a gente tem tentado falar com todo mundo para conseguir se mobilizar. São 14 cursos e um total de 5 mil estudantes que usam esse espaço”, afirmou Laura Kameyama, estudante do curso de Arquitetura.

Como apontado no editorial do ANDUniversidades de costas para o povo”, no governo militar e genocida de Jair Bolsonaro, o Projeto de Lei Orçamentário da União apresentado para 2022 prevê uma redução de 15,3% da verba destinada às universidades federais em relação ao montante empenhado em 2019, contribuindo para o sucateamento da universidade e para a narrativa de extrema-direita de inutilidade do espaço universitário e o conhecimento ali produzido. 

Atualmente é necessário mais do que nunca que as universidades fiquem de portas abertas e produzindo conhecimento que beneficie as massas populares, assim como também oferecendo suportes àqueles estudantes que têm dificuldade de acesso à internet. Portanto, a solução não é fechar de novo as portas, mas sim procurar o engajamento da comunidade acadêmica, assim como da população.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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