Nesta terça-feira, 11 de junho, professores, técnicos e estudantes das universidades e institutos federais do Rio de Janeiro realizaram uma manifestação em defesa da recomposição orçamentária para a educação, a recomposição salarial dos técnicos e docentes federais, além de outras demandadas, como a revogação do Novo Ensino Médio.
Em depoimento ao correspondente local de AND, os manifestantes ressaltaram a importância da manifestação ao apontarem que naquele mesmo dia haveria uma mesa de negociação dos comandos nacionais de greve com o governo federal para tratar da situação dos técnicos administrativos. Eles relatam também que o governo vem tentando dividir a categoria ao oferecer nas negociações reajustes salariais para os docentes e não para os técnicos; tentativa falha como demonstrou a unidade dos dois setores na manifestação.
Vale destacar que no mesmo dia, Luiz Inácio estava no Rio de Janeiro, em uma premiação da Olimpíada Brasileira de Matemática, sendo recebido por um grupo de professores e técnicos, grande parte do Colégio Pedro II, que cobravam o presidente que atendesse às reivindicações grevistas. Vale destacar que no dia anterior, o mandatário havia se posicionado publicamente contra a greve nacional da educação, afirmando cinicamente que “não há razão para a greve durar o que está durande” se esquivando da responsabilidade de prolongar a greve ao se negar a negociar com a categoria ou colocando as rodadas de negociação em espaços de tempo muito afastados, com a intenção de desgastar a categoria.
Com espírito de revolta contra as declarações de Luiz Inácio e contra o contínuo descaso do governo federal com a educação, os manifestantes partiram da concentração que se iniciou por volta de 15h na Candelária, e partiram em direção a avenida Rio Branco, rumando em sentido à ALERJ. Durante o trajeto foram entoadas palavras de ordem como “ A greve continua, Lula a culpa é sua” e “Para barrar a privatização, greve geral da educação”.
Chegando próximo à ALERJ, estudantes independentes atearam fogo nas bandeiras de Israel e do USA, entoando palavras de ordem como “Fora Israel das terras palestinas, fora Ianques da América Latina” e “Fora de Gaza, Israel fascista”.