Nesta terça-feira, 28 de maio, estudantes, professores e servidores das escolas e universidades do Rio de Janeiro realizaram uma combativa manifestação em defesa da recomposição orçamentária para a educação pública, reajustes salarial para os trabalhadores da educação, a revogação do Novo Ensino Médio, entre outras reivindicações. O ato se insere em um contexto de greve nacional, principalmente no ensino superior e técnico nas instituições federais.
Os manifestantes começaram a se concentrar no Largo do Machado, zona sul da cidade, a partir das 14hrs, onde foram realizadas falas e intervenções denunciando o descaso do governo estadual e federal com a educação pública. Fizeram-se presentes os estudantes e trabalhadores das universidades e institutos que se encontram em greve, sendo que no estado pelo menos um dos três setores universitários (estudantes, professores e técnicos) se encontram em greve em 4 das 5 universidades públicas do estado. Além disso o ato também contou com a presença de pais de estudantes e outros trabalhadores que reconhecem a justeza das reivindicações.
Uma das denúncias feitas pelos grevistas foi a tentativa do governo federal de decretar o fim da greve após negociações com o sindicato pelego e governista que diz representar a categoria, o PROIFES, que não conta com legitimidade entre as bases dos trabalhadores. Essa tática de tentar controlar os movimentos sociais através de entidades ilegitimas que agem como braço do governo no movimento popular é o modus operandi do governo oportunista de Luís Inácio, porém, estas artimanhas já não conseguem impedir a luta dos profissionais da educação que reafirmaram sua decisão de prosseguir com a greve até que suas demandas sejam atendidas.
Após a concentração os manifestantes se deslocaram com sentido ao Palácio da Guanabara, para confrontar o governador Cláudio Castro. Durante o trajeto foram entoadas palavras de ordem como “É greve, é greve, de ocupação, nem sucateamento nem privatização” , “greve geral em toda federal”, “educação na rua: Cláudio Castro a culpa é sua”.
Chegando ao Palácio da Guanabara os estudantes independentes atearam fogo a um boneco com a cara do governador Cláudio Castro enquanto entoavam palavras de ordem como “Doutor, eu não me engano, o Cláudio Castro é miliciano” e “Queima Cláudio Castro!”. Essa ação marca uma crescente na combatividade que vem havendo na luta da educação no estado.
O Comitê de Apoio ao AND – Rio de Janeiro esteve presente realizando a cobertura da manifestação, fazendo entrevistas com professores e estudantes, e realizando brigada de vendas da edição 255, sendo vendidos mais de 30 exemplares.