Nesta terça-feira (21/1) estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) realizaram um protesto em exigindo justiça pela vigilante terceirizada Fernanda Custódi. Fernanda faleceu no dia 16 deste mês, após passar mal durante o expediente.
A empresa “Conquista”, responsável pelos serviços de terceirização da UERJ, já é conhecida por cometer abusos contra os funcionários, como forçar os trabalhadores a pedirem demissão e apresentar reclamações sobre atestados médicos. Os terceirizados relatam por meio de denúncias anônimas que a empresa dificulta a liberação de funcionários por questões de saúde. Recentemente, outro vigilante da UERJ infartou durante o expediente. Ele foi socorrido e, felizmente, sobreviveu mas, assim como Fernanda, enfrentou dificuldades para ser liberado pela empresa.
Fernanda passou mal durante o serviço, mas por receio — ela já havia apresentado atestado recentemente e recebeu reclamações dos supervisores — optou por permanecer até o fim, às 19h. Após ser liberada a vigilante foi levada ao hospital mas não resistiu.
O Coletivo Invisíveis, que atua em diversas universidades denunciando os abusos e precarização dos trabalhadores terceirizados, convocou um ato em solidariedade a Fernanda e a todos os terceirizados que foi realizado nesta terça-feira (21/1), no Hall do Queijo — localizado na UERJ Campus Maracanã.Organizações estudantis compareceram ao protesto, entre elas o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR). Durante o ato foram distribuídos panfletos aos calouros, que chegavam para fazer a pré-matrícula, e demais passantes. Diversas falas e palavras de ordem foram entoadas, conclamando a unidade entre estudantes e trabalhadores terceirizados.