RJ: Grande brigada de AND agita as ruas chamando a boicotar a farsa eleitoral

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RJ: Grande brigada de AND agita as ruas chamando a boicotar a farsa eleitoral

Grande brigada de venda do AND convoca o povo ao boicote eleitoral. Foto: Banco de Dados AND

Uma grande brigada de venda do AND ocorreu no fim da tarde de 12 de setembro na Central do Brasil. Os jovens ativistas e os brigadistas do Comitê de Apoio ao AND do Rio venderam mais de 125 exemplares da edição especial n° 249, convocando o povo ao boicote eleitoral. A brigada, que durou duas horas, ocorreu na Central do Brasil, às 17h, e contou com uma grande faixa escrita Não votar! Rebelar-se é justo! 

A capa da nova edição, que traz a manchete Contra o golpismo, a fome e o desemprego: Não vote, lute pela Revolução!, deu o tom da brigada. Muitos trabalhadores recebiam calorosamente a propaganda democrático-revolucionária do boicote eleitoral. Ativistas abordavam todos os trabalhadores que circulavam no horário de volta do trabalho com a denúncia das eleições como instrumentos de manutenção dessa velha democracia, assim como conclamaram os homens, mulheres, jovens e idosos que passavam à mobilização combativa como única forma de defender seus direitos. Os trabalhadores, mesmo cansados após um dia de labuta, interagiram e colocaram suas opiniões sobre a situação política atual.

Brigadistas conversam com trabalhadores e realizam propaganda democrático-revolucionária do boicote eleitoral. Foto: Banco de dados AND

Em vários momentos da brigada, os trabalhadores pararam para conversar com os brigadistas, dando exemplos de como as denúncias do AND são similares a situações em que vivem. Ato contínuo, muitos jovens e trabalhadores agradeceram os brigadistas, saudando a iniciativa.

Grande brigada de venda do AND convoca o povo ao boicote eleitoral. Foto: Banco de Dados AND

Iago, um jovem pintor de imóveis que mora em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, em depoimento ao AND criticou os auxílios fornecidos durante a campanha eleitoral e a inflação: “Você vai ao supermercado no final do mês e dá 400 reais. Com R$ 600, paga alguma coisa a mais?”, indagou. 

Em outro momento, o jovem atribuiu o crescimento da crise e da delinquência à omissão dos sucessivos governos: “Tudo começa pelo nosso governo, que já tira há muitos anos de quem não tem, e é o primeiro a tirar”. “O povo tem muito ódio dessa situação, se nos juntarmos na base do ódio, conseguimos mudar tudo o que está aí, porque ódio a gente tem de sobra”, disparou, convicto.

Brigadistas conversam com trabalhadores e realizam propaganda democrático-revolucionária do boicote eleitoral. Foto: Banco de dados AND

Em outro momento, enquanto aguardava seu transporte, uma jovem trabalhadora, que não quis se identificar, disse que estava muito revoltada por ocasião da farsa eleitoral, devido às falsas promessas que se repetem em contraste com a realidade do povo. Em particular, criticou as operações e chacinas policiais nas favelas. “A polícia não entra atirando em Brasília, onde estão os verdadeiros bandidos”, bradou. Em seguida, passou a descrever as torturas e violações das operações policiais, e afirmou: “Não dá pra contar com o governo para nada”.

Trabalhadora compra a nova edição especial de AND, N°249. Foto: Banco de Dados AND

Outro trabalhador, funcionário de um terminal de ônibus próximo à Central, que não quis se identificar, afirmou que acompanhava a fundo a política no país, conhecendo os projetos de vários partidos eleitoreiros, principalmente os que se dizem de esquerda, mas que não via possibilidade de mudança com nenhum deles.

Brigadistas conversam com trabalhadores e realizam propaganda democrático-revolucionária do boicote eleitoral. Foto: Banco de dados AND

A maioria dos trabalhadores afirmou, com naturalidade, que já não votavam, e mesmo aqueles que já tinham definido um candidato ouviram atentamente o conteúdo da propaganda revolucionária. Um ancião explicou a um brigadista que há décadas deixou de acreditar nas eleições e que “elas não valem nada”. 

Ativistas erguem alto a bandeira da Revolução Agrária

Brigadistas realizam agitação democrático-revolucionária do boicote eleitoral. Foto: Banco de dados AND

Quando alguns trabalhadores questionavam o que fazer se não votar, os brigadista mostravam-lhes a página 4 da edição impressa, explicando que as Assembleia Populares já ocorrem no campo e são os primeiros passos de uma forma superior de organização das massas populares, a partir de sua luta contra o sistema de exploração e opressão; que são formas embrionárias de um Novo Poder, do povo. Um brigadista explicou: “Nas Assembleias Populares o povo aprende a governar sem políticos profissionais; os representantes são escolhidos para compor o Comitê de Defesa da Revolução Agrária, que tem que executar tudo que foi aprovado na Assembleia, entendeu? Eles têm mandatos que podem ser revogados a qualquer momento, é só o povo chamar a Assembleia e votar para tirar ele. E é totalmente diferente, porque o delegado não tem privilégio, tem que prestar conta na Assembleia; participa todo mundo e todo mundo tem chance de ser eleito, e não tem salário e a pessoa também não deixa de trabalhar, tem que seguir na sua profissão, a diferença é que quando tem sessão ele tem permissão para deixar seu posto de trabalho; é outra coisa, o congresso aí é uma esculhambação. Mas pra isso acontecer é só com muita luta”.

A brigada de vendas da nova edição do AND demonstrou que há ampla aceitação entre o povo trabalhador da propaganda do boicote eleitoral. Novas atividades foram marcadas.

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