RJ: Investigação confirma que foi a PM que matou a menina Ágatha Félix

RJ: Investigação confirma que foi a PM que matou a menina Ágatha Félix

Imagem: Reprodução

A investigação oficial da Polícia Civil confirmou que a bala que matou a menina Ágatha Félix no Complexo do Alemão, no dia 20 de setembro, partiu da arma de um policial militar. A confirmação desmente a versão dos militares de que teriam trocado tiros com dois homens em uma moto. A Polícia Civil afirmou ainda que não houve confronto e que os dois homens na moto não portavam nenhuma arma.

Assista o vídeo: Manifestações repudiam o assassinato da menina Ágatha Félix pela PM de Witzel

Em entrevista concedida ao monopólio de imprensa, o delegado da Delegacia de Homicídios da capital e responsável pelas investigações, Marcus Drucker, disse: “O que nós apuramos é que a motocicleta passou naquele momento em uma certa velocidade e não atirou contra o policial e nem contra ninguém”. E continuou: “O que nós apuramos foi que na hora em que a moto passou, o policial que estava ali alega que ele [homem da moto] estava armado. Mas nós provamos que não estava”. “Nós provamos que não estavam armados”, completou o delegado.

Segundo o delegado titular da Delegacia de Homicídios da capital, Daniel Rosa, o policial militar responsável pelo tiro vai responder por homicídio doloso, porém a prisão não foi requerida pelos investigadores. Seu nome também não foi divulgado.

Guerra contra o povo

Segundo temos analisado em AND, as razões dessa guerra civil reacionária levada a cabo contra as massas e que tem matado diariamente o povo é, dentre outras: 1) resultado do nível crescente de miséria e desemprego no estado, problema cuja única solução que o velho Estado e seus governos podem oferecer é mais repressão e assassinatos, uma vez que a economia nacional assenta-se em um capitalismo burocrático só passível de ser transformado via revolução. E, 2) a reação planeja concentrar as regiões hoje controladas por grupos delinquentes e do tráfico varejista de drogas (antigamente apoiados pelos sucessivos governos) em grupos paramilitares, conhecidos vulgarmente como “milícias”.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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