RJ: Jovem é assassinado pela PM na favela do Jacarezinho

Um jovem morador da favela do Jacarezinho, Mateus Rocha de Souza, foi assassinado durante invasão da Polícia Militar (PM) na comunidade, enquanto tentava entrar em sua casa, no dia 29 de junho.
Jovem Mateus Rocha de Souza foi assassinado pela PM na favela do Jacarezinho. Foto: Reprodução
Jovem Mateus Rocha de Souza foi assassinado pela PM na favela do Jacarezinho. Foto: Reprodução
Jovem Mateus Rocha de Souza foi assassinado pela PM na favela do Jacarezinho. Foto: Reprodução

RJ: Jovem é assassinado pela PM na favela do Jacarezinho

Um jovem morador da favela do Jacarezinho, Mateus Rocha de Souza, foi assassinado durante invasão da Polícia Militar (PM) na comunidade, enquanto tentava entrar em sua casa, no dia 29 de junho.

Um jovem morador da favela do Jacarezinho, Mateus Rocha de Souza, foi assassinado durante invasão da Polícia Militar (PM) na comunidade, enquanto tentava entrar em sua casa, no dia 29 de junho. A invasão do Batalhão de Choque (BPChq) e do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) na comunidade ocorreu após uma reportagem sensacionalista do programa reacionário Cidade Alerta sobre supostos pontos de venda de drogas nas linhas de trem no local.

A operação do dia 29/06 ocorreu em pleno início da tarde, com diversos trabalhadores na rua. Vídeos do momento divulgados na internet mostram cenário de guerra com um rio de sangue nas ruas após o alvejamento do jovem, junto de água jorrando de encanamentos atingidos, assim como outras gravações mostram trabalhadores tendo que se atirar no chão para fugir dos disparos da PM.

Invadindo casas, PM ameaça fuzilar cachorro de moradora

Um dia antes, ocorreu outra operação contra a favela do Jacarezinho. As operações na comunidade são rotineiras e acontecem quase todo o dia. Como de praxe, os policiais invadiram casas de moradores, e um vídeo amplamente divulgado denunciou um PM ameaçando uma moradora de fuzilar a sua cachorra.

A moradora afirma que, armados com fuzis e cobertos com toucas ninjas, os policiais “pediram” para entrar em sua casa. A moradora deu bom dia, ao que foi respondida com um “Bom dia o ca**lho” por um dos militares reacionários. A moradora então protestou e o militar jogou um móvel contra a moradora, atiçando a cadela da trabalhadora. O militar, então, afirmou que mataria a cachorra com um tiro na cabeça, quando a moradora iniciou a gravação.

Sobre o caso, um morador comentou nas redes: “Esses são os motivos porque os policiais não são bem vindos nas comunidades. Esses lixo falam que são nossa segurança. Nunca foram, nunca serão.”, afirmou.

Jacarezinho tem mais de uma operação por semana

A favela do Jacarezinho se encontra, atualmente, duplamente ocupada pelas forças de repressão do velho Estado, sob as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP’s) e o programa de ocupação militar “Cidade Integrada” do governador reacionário Cláudio Castro (PL). Mesmo submetida à ocupação diária da PM, a comunidade continua sendo alvo de operações.

Sobre o programa Cidade Integrada, uma moradora afirmou em suas redes: “Jacaré tem cidade integrada há mais de 1 ano. Segundo o governador bolsonarista Cláudio Castro, o projeto iria trazer diversas melhorias para a comunidade, mas quem vive e frequenta a favela, sabe que NADA mudou… Nenhuma obra, nenhuma melhoria para a vida do morador…”. 

De fato, as “melhorias” que seriam trazidas para a população foram a justificativa perante a chamada “opinião pública” para o cotidiano de assassinatos e esculachos que seriam impostos com ainda mais intensidade aos moradores de uma das favelas mais pobres do Rio, a partir da imposição do programa. Entretanto, os moradores denunciam que o real motivo do programa é a contenção da revolta e da organização dos moradores e familiares de vítimas contra a repressão policial após a Chacina do Jacarezinho, que marcou com sangue a história da favela.

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